23 de dez. de 2012

Exames laboratoriais. Cuidado!!



Esta o tio João do Brasil jura que é verdade...


O Setembrino precisava realizar alguns exames admissionais de saúde. Passou no laboratório apanhou os recipientes e as orientações necessárias e anunciou o retorno no dia seguinte.
Além dos exames, o "Bino" faria uma ecografia do aparelho urinário - os famosos dos inúmeros copos de água. Pois, não é que o moço ingeriu líquido além da conta?? Chegando no local marcado foi conduzido até a maca (com a bexiga muito lotada) para aguardar o profissional que faria o exame. E esta pessoa não vinha nunca. E a vontade de urinar aumentava sem tréguas. Passados bons e espaçados minutos, surge um senhor vestindo roupas brancas que deu prosseguimento ao exame. A primeira pressionada abdominal o Bino resistiu. Mas na segunda, o cara descontrolou-se e...Já podem imaginar?? Urinou todos os lençóis, a calça, a maca e um pouco do piso da sala.
Justamente no laboratório onde a ex-cunhada trabalhava. É mole??

Guardado a sete chaves

Esta é na conta da Dona Morena...



Churrasco no salão de festas do edifício do Cléo da cuíca. Entre os convidados, os amigos e vizinhos Didi Moreno e sua mulher Anita, os irmãos Betinho e Betão, a namorada Samanta e os amigos Gustavo e Carneiro. Música boa, carne no ponto, cervejas geladas e um desfile de bebidas destiladas.

Tudo transcorria normalmente até que, o Betinho ofereceu-se para ir até o apartamento do anfitrião Cléo da cuíca levar alguns dos utensílios usados no churrasco e assim, reduzir as tarefas na saideira da festa. Nada de anormal, se não fosse as doses excessivas de vodka pura ingeridas pelo Betinho. O mocinho estava um pouco acima do solo e quando entrou no apartamento do anfitrião, foi ligando condicionador de ar, tirando a camisa e chaveando, novamente a porta. Resumo: Ele foi até o apartamento do Cléo levar os espetos e louças e acabou pegando no sono com a porta do apartamento trancada por dentro.
Quando o dono desceu até seu apartamento (no quinto andar) - a festa era na cobertura foi surpreendido com a porta trancada e o amigo incomunicável. Não atendia telefones, porteiro eletrônico, campanhia, nada. Pensaram em chamar um profissional chaveiro, porém desistiram quando souberam o alto custo dos serviços. O que restou, além da indignação?? Um banho na casa do vizinho Didi Moreno, uma roupa emprestada e um sono de algumas horas do lado de fora do apartamento, junto à porta. E o Betinho?? Roncando bastante e desmaiado, dormindo de roupa e tudo na casa do amigo (ou ex-amigo).    

18 de dez. de 2012

Tecnologia sacana

Essa na conta do Carlito Trovão



O João Inácio, homem correto, pai de familia exemplar, refinado, trabalhador, também tinha seus momentos de fraqueza. Sua sogra, dona Nadir, não confiava muito no rapaz e tentava sempre que podia, alertar  a galera sobre o "monstro em pele de cordeiro" representado pelo genro.
O malandro andava sempre na linha. Cometia seus pecadinhos, mas não deixava mancadas, pois a sua Jussara - policial militar de linha de frente - era uma fera.
Certo dia, depois de lascar uma mentirinha em casa - anunciando uma visita ao compadre rumou para a roda de samba do Tio Anacleto, conhecido reduto de bom samba e mulheres bonitas. Lá conheceu uma mulata de parar o transito. A Nair Consolação, porta bandeira da Unidos do Catatau. Um "petáco", como dizem alguns. Cintura fina, pernas roliças, rosto aveludado, perfume moderno, covinha na face. E o melhor: SOLTEIRA. Ela sim, ele não.
Trocaram olhares, sambaram muito, beberam cervejas e trocaram telefones para um futuro encontro num outro final de semana. E este dia chegou. Uma sexta-feira em que, sua patroa Jussara iria às compras num shopping com a sua mãe, a dona Nadir e não retornariam tão cedo. Estava soltinho, o seu Inácio.
Pontualmente, no lugar marcado lá estava o cara de pau do Inácio. Aflito, pois estava transgredindo e a DONA JUSSARA era muito braba e carregava consigo o seu calibre 38, sempre municiado. Coisas do trabalho. E a bonitona da Nair não chegava...O don Juan de araque resolveu usar o celular e enviar um torpedo à moça. Teclou rapidamente e disparou. Olhou com uma atenção maior e percebeu que havia enviado um torpedo apaixonado à Nadir (sua sogra) e não à Nair, sua caça...
Nem preciso contar o resto...até hoje o cara reclama. Palavra que sai da boca, pedra que sai da mão e torpedo disparado causa estragos sempre. Putz.  

 





















Se meu fusca falasse...





Esta é na conta do Zé Prettin...


A loira Marli, boa de gingado e de samba no pé, recrutou suas amigas Soninha e Jujuba para pegar uma praia diferente. Iriam passar o feriadão de Carnaval emSanta Catarina, na Ilha de Florianópolis e suas praias paradisíacas. Bronzeadores e protetores solares, biquínis ousados, alguns cartões de créditos, cadeiras de praia, guarda-sol, esteiras e tudo que um veranista precisa para ser feliz por alguns dias.

No dia combinado, lá estava a Marli, com seu carrão envenenado – um fusca 1968, todo original -, para apanhar as amigas erumarem para o litoral catarinense. Viagem longa pela BR 101. Sem ousadias e ultrapassagens arriscadas seguiam firmes estrada afora. Carrões importados e caminhões ultrapassavam a todo momento o carro do trio loiro. As férias rolavam na maior euforia. Um dia em cada praia catarinense. Sol forte durante o dia e à tardinha, reabasteciam o fusca, cadeiras e esteiras no rack do carro e “pé na estrada”. Tudocom muita empolgação. O trio das “loirosas” decidiu visitar a Praia do Rosa e conhecer algum surfista marombado. Dia inesquecível. Na volta extremamente cansadas, com a Marli ao volante, e uma vontade doida de retornar para a pousada onde estavam hospedadas, a loira mais dourada do trio, pisou fundo no acelerador no caminho de volta ladeira abaixo. Maldita decisão. Como as cadeiras, o guarda-sol e as cangas estavam mal amarradas sobre o carro, todos os objetos começaram a voar pelo acostamento e pela estrada entre os veículos que vinham em direção contrária. Um horror. A Soninha, a mais religiosa delas, nem respirava no banco traseiro e rezava muito, enquanto a Jujuba tentava segurar com uma das mãos as toalhas que voavam entre a vegetação.

Perguntei ao Prettin e por que suas amigas não pararam o carro na estrada?? Simples. O Azulão, como era conhecido o fusca, estava com os freios falhando. E só foi parar quando a estrada ficou numa reta mais plana.




5 de nov. de 2012

Churrasqueira ao solo












                  Domingo de sol, galera reunida na casa da sogra, roda de samba, cerveja gelada, os cunhados chegando com as carnes e o nego Fafaco, como sempre faz, LIDERANDO TODAS AS COISAS. Como diz dona Zulmira - "Não sei onde a minha filha Ritinha, foi encontrar este "traste"? Velhas diferenças entre genros, noras e sogras. O cara se metia em tudo mesmo. Sabia onde colocar a cerveja para gelar, o tempero certo para a maionese, a forma ideal para assar o churrasco. Em TUDO ele metia o bico.
                 Pois, imaginem voces que, o cara descartou o velho e fiel latao usado em todos os encontros de família e propos armar uma churrasqueira de tijolos (que estavam espalhados pelo patio). Colocou cuidadosamente, tijolo sobre tijolo, ajustou os espetos, preparou o carvão, temperou as carnes e afugentou todos que se aproximavam. Um verdadeiro DITADOR do churrasco da familia.
                O cunhado mais velho, sempre simpatico e alto astral Machadao, que nao abria a boca para falar de ninguém, evitava comentar qualquer coisa sobre a ideia do moco. Entretanto, o alertou sobre os riscos oferecidos pela nova estrutura. Ressalta-se que, o Fafaco era a unica pessoa que tirava o controle do Machadão.
               Na metade da preparacao do churrasco, a caipirinha correndo ligeira e dezenas de espetos sob o comando do FAFACO, a picanha do sogrão, seu Volnei, o galeto com bacon da dona Zulmira, o lombo suíno com queijo da Ritinha, a carne de ovelha, as costelas do resto da turma quase no ponto. Enfim, tudo era só alegria. Num momento de vacilo, algumas labaredas se manifestaram e o assador rapidamente aproximou-se com vontade e uma garrafa de água nas mãos para inibir o fogo. Acreditem!! O marrento nego Fafaco, que não gostava de ninguém a seu redor, e sim seu copo de caipirinha sempre cheio, sua tabua e sua faca, bateu acidentalmente com a perna numa das paredes laterais da churrasqueira de tijolos sobrepostos. Estrago geral. Os tijolos cobriram as brasas e os espetos voaram para dentro da churrasqueira. Como o calor era forte e intenso, ficou bastante dificil recolher a tempo de evitar que as carnes fossem tostadas. Aos berros, o assador pediu ajuda aos demais participantes do almoco para ajuda-lo, evitando um estrago maior.
               Resultado? Despesa com o churrasco a kilo da esquina da casa da sogra. O sabichão Fafaco teve que apelar para o fiado e a compreensão do seu Moisés para garantir a picanha do sogro, frango da sogra e o lombinho da nega veia. E as costelas? A galera teve que encarar do jeito que deu para salvar. O Carlito Trovão convidado comeu apenas a maionese.      

4 de nov. de 2012

Energético: força e sutileza





                Pois, o Zé Pretin nos contou uma história bastante esquisita e, "ligeiramente" engraçada. Segundo ELE, um amigo próximo, Ricardinho da viola, enquanto preparava as bagagens para curtir mais um feriadão ao lado da namorada em Floripa, bebia uns energéticos (com gelo) que haviam sobrado da balada do final de semana. Escutava um pagodinho e bebia uma bebida. Mais um sambinha, mais um "energeticozinho básico". E assim, foram quase 3 litros. Comeu umas frutas da geladeira, despediu-se dos velhos, passou a mão na cuia e nos apetrechos do "chimas" e se foi ao posto abastecer o carro.
             Ameaça de racionamento de combustível, filas enormes e o "chimas" pegando. E assim foi quase toda a garrafa térmica do chimarrão. Abastecido o carro. Lá vamos nós, BR 101 querida, rumo direto à Floripa, sem escalas.
            No meio da viagem, depois do volume de líquidos ingeridos o moço não resistiu e parou num refúgio para tirar uma "água do joelho". Putz...em meio ao processo, decidiu soltar um punzinho(!). Coisa leve. O negócio veio com acompanhamento. O casamento dos energéticos, as frutas e o chimarrão não foram uma boa combinação. Junto com o pequenino flato, desceu calça abaixo "algo quente, viscoso e terrivelmente mal cheiroso". Bah, o "homi" cagou-se em plena rodovia federal.
          Sem saber o que fazer, colocou uma toalha no banco e partiu em direção ao primeiro paradouro de beira de estrada para higienizar-se. Distância pouca, apenas 5 km a frente. Chegando lá, num restaurante cheio de caminhoneiros, foi direto ao banheiro tomar um banho de gato (e logicamente, jogar a cueca fora).
        Onde está a esquisitice?? O seu João do Brasil jura que esta história está mal contada e o protagonista, na real, tem nome e sobrenome: Zé Prettin. A namorada é dele, os energéticos estavam em sua geladeira e o "punzinho" tem assinatura conhecida.

21 de set. de 2012

Mistura das boas - cavaquinho e gaita



            Pois, o tempo foi generoso e deu uma trégua para a harmonia dos ritmos, das diferenças clubísticas e do alto astral garantido no Botequim do Maurício (todos os sábados, no Globo Esporte da RBS TV). Quando o qualificado e generoso Vinicius Brito, produtor do Programa, me procurou para participar da edição especial e audaciosa, onde teríamos uma mistura de ritmos (samba e vanerão) em pleno dia 20 de setembro, num reduto completamente nativo e próximo às origens mais fiéis de nosso RS cheguei a sentir frio nas costas. Bobagem minha!!! Afinal a Batucada do Armazém é formada por veteranos do mundo do samba, calejados de avenidas de Carnaval e de terreiros de partido alto. Enfim, era apostar no clima da gravação e deixar os instrumentos falarem por si. Imediatamente contatei meu amigo, sambista e atual Diretor de harmonia musical dos Bambas da Orgia, Volnei Neves, liderança da Batucada do Armazém para que movimentasse os demais batuqueiros: Rogério Sete Cordas, Roberto Nascimento, Gilmar Dornelles e Fábio Ananias.
                 Ao chegarmos para a gravação do semanal, fomos acolhidos e orientados pelo produtor Vinicius Brito. Recebidos pelo pessoal dos bastidores, pela técnica, pela "preta" do Maurício e pelo próprio anfitrião do dia: Maurício Saraiva que, com seu bom humor habitual conduziu de forma ágil e precisa a função. Fomos ainda apresentados ao simpático Joca Martins e à carismática Juliana, assim como ao casal Diego e Aline, aos outros dois músicos que acompanhavam a dupla nativista.
                  Bate papo descontraído falando sobre a dupla grenal, seguiu-se a primeira interpretação do Joca e da Juliana acompanhada por seus músicos e pela Batucada. Logo adiante, uma performance sambista da Batucada do Armazém, onde misturaram-se cavaco, violão, gaita, pandeiro, surdo, palmas na mão e uma platéia ilustre empolgada.
                 Enquanto, na parte externa o aroma produzido pelas churrasqueiras dos diferentes e animados piquetes do Harmonia invadia nosso espaço, o samba e a vanera enchiam nossos olhos de pura emoção.
                 Peguei minha prenda pela mão e corri para casa preparar um churrasco, intercalando na vitrola, João Nogueira, os Monarcas, Paulinho da Viola, João de Almeida Neto, Arlindo Cruz, César Oliveira e Rogério Melo, entre outros.
Valeu demais, Vini Brito, Maurício Saraiva e cia. 

Edinho Silva -

10 de set. de 2012

O fortão

                 

                Na terceira semana de treinos na academia o Antenor já estava se achando o Hércules do pedaço. Mudou a alimentação, passou a usar camiseta regata em pleno inverno. Tudo para mostrar os "braços fortes(?)". Pois não é que o moço passou por uma boa?? A Larissa, vizinha bonitona do 507, resolveu pedir uma bombona de 20 litros de água mineral ao distribuidor. O entregador apressado e mal educado deixou a encomenda da moça na portaria do prédio e foi embora. 
                  Atordoada, sem saber o que fazer apelou para o vizinho Antenor (o fortão) uma ajuda até o quinto andar. O bonitão nem esperou o elevador do prédio. Passou a mão na bombona e partiu na direção da escada. Precisava impressionar a vizinha, pois estava de "olho gordo" na direção da moça. A jovem Larissa tentou impedir tamanho esforço do rapaz, mas seu lado machão foi mais forte. Estufou o peito, segurou a bombona pelo gargalo. A poucos metros da porta da vizinha, já com o braço cansado não resistiu e deixou escapar de sua mão o recepiente de água. Imaginem?? Quatro andares de água escada abaixo. Uma verdadeira enchente no saguão do prédio.
                Com a expressão de desolamento o Antenor viu "sua presa" perder qualquer interesse pelos atributos físicos do vizinho. Verdadeira trapalhada e confusão. Principalmente, porque a água entrou direto no apartamento térreo da nova Natália, a fofoqueira do prédio.   

7 de ago. de 2012

Quando os amigos se vão...


Uma lágrima no rosto do entretenimento de Porto Alegre 

       Numa tarde quente de novembro fui recebido pelo pessoal da Produtora Nova Hera na quadra dos Imperadores do Samba para encaminhar a participação do Cantakgente no Pré-Revellion da Rádio Metrô, do grupo RBS. Inicialmente alcancei nosso material de divulgação (cds, camisetas, folders, acessórios diversos) ao meu grande amigo Luis Fernando Silva, produtor do evento e representante naquela oportunidade pela Nova Hera. Nesta ocasião fui apresentado ao PAULO CESAR ANDRADE - o grande Paulinho. Imediatamente, trocamos algumas palavras e de forma apressada e objetiva como era próprio de sua conduta convidou-me para um café num outro dia na Produtora. Quando me afastava ainda consegui ouvir um comentário do Kid da NOVA HERA..."Este tal Edinho é um sujeito diferente no mundo do samba e do pagode. Gostei dele  e do seu jeito de conduzir as coisas". Putz, baita elogiou, pensei com meus botões.
       Passado algum tempo fui visitá-lo na Carlos Barbosa para conferir se a empatia se confirmava. Nem precisava ter ido, pois em meio ao fechamento de um show do Belo, outro do Jeito Moleque, uma festa da Rádio Cidade e outras tantas coisas o cara abriu um largo sorriso e de braços abertos reuniu seus colaboradores e lascou uma saudação pública. E nunca mais foi diferente. Seja numa lotada apresentação do Gustavo Lins, no Teresópolis, num espremido Pepsi On Stage e num movimentado TUDO PELO SOCIAL pegando um Parmegiana para comer com a familia.
      Enfim, do faro para os negócios, da desenvoltura para resolução dos problemas nos eventos, para as oportunidades para quem começa no show bussines restaram as boas lembranças...E não invente de organizar eventos "aí em cima" antes da chegada dos amigos. Vá descansar bastante, afinal TU merece.
       Meu carinho e profundo sentimento pela tua passagem.

Edinho Silva - armazemdoseubrasil.blogspot.com e um dia CANTAKGENTE

2 de jul. de 2012

Domingão ensolarado

Foto do perfil



     Ainda adolescente (e faz tempo esta condição!!) curtia muita música negra brasileira e americana. Do cenário verde amarelo, ouvia de tudo: Tim Maia, Jorge Ben, Bedeu, Bebeto, Ivone Lara, Paulinho da viola, entre outros. Na época tinha um swingueiro que sacudia os bailes com seu "Domingo é dia!! De alegria...pego minha prancha e vou para o Guarujá...". Era Joãozinho Carnavalesco, o cara.                                                     
     Ontem, no primeiro dia de julho, reuni a familia e fui passear no Parque da Redenção na companhia da mulher e dos afilhados. Próximo ao Monumento do Expedicionário rolava uma função da Secretaria Municipal de Saúde que esclarecia à população de Porto Alegre sobre os perigos da Aids e a prevenção através do uso de preservativos. Gente animada, crianças correndo, pessoas atentas ao apresentador, pufs coloridos espalhados pelo Parque, jovens identificados vestindo camisetas da Campanha circulando entre o povo e no palco um som pra lá de bacana. Uma tal de Black Trio.  Uma coisa maluca de tão boa, uma mistura de R&B, um funk brasil, reggae brasileiro, sucessos locais, clássicas de ontem, samba do bom e alguns hits chiques do momento. Sim, uma releitura das atuais novidades do centro do país - o Sambô. Enfim, um trio de cinco (4 músicos e uma vocalista pra lá de empolgante, Raquel Pimentel) com seu diversificado repertório sacudindo a Redenção inteira.
            Para culminar a emoção do domingo reencontrei um grande amigo e agitador cultural, daqueles de grife: Bruno Monthy. Melhor que isto??  Só um cachorro quente, ao lado dos afilhados, da mulher amada e com o pé encostado no Colégio Rosário.

Edinho Silva  

25 de jun. de 2012

Brincadeira tem hora?? Tenho certeza que não




           Ontem, dia 24 de junho de 2012 - domingão, já passava das 19h, cruzava a Cidade Baixa de Porto Alegre quando resolvi me aproximar da função do Arraial do SESC que rolava no Largo Zumbi dos Palmares. O som uma maravilha sob o comando do grupo de forró Maria Bonita. Pessoas animadas dançavam, comiam, divertiam-se muito na noite que anunciava um friozinho.
          Cheguei mais perto do palco, quando entraram em cena o grupo de Brincantes do Paralelo 30. Sob a batuta do professor universitário, e acima de tudo AGITADOR CULTURAL E POPULAR de primeiríssima, Jair FELIPE, casais de jovens "explodiram" a festa com graça, animação e muita energia. Pela primeira vez nos últimos tempos a expressão QUADRILHA não maltratou meus ouvidos. Coisa linda de se ver...
         Aos que não conhecem ou não ouviram falar, RECOMENDO:  http://brincantesdoparalelo30.blogspot.com.br/

             Que por muito tempo, os Brincantes mantenham sua alegria, vibração, energia, ousadia com muito ritmo e empolgação seja com pandeiro, zabumba, cavaquinho, tambor, roupas coloridas e com toda a graça que a arte popular merece.

Meu carinho,

Edinho Silva e a turma do Armazem do seu Brasil

Sujinho, mas bloqueado

               

              A mulata Soraia, na companhia do maridão Genésio e de amigos, partiu rumo à cidade de Rio Grande para aproveitar as delícias gastronômicas, artesanato e as propostas culturais da Festa Nacional do Peixe. Há alguns quilômetros distantes de Porto Alegre,  conforme prévia combinação o veículo de turismo parou num restaurante de beira de estrada para que os passageiros pudessem ir ao banheiro ou até mesmo fazer um lanche.
              Filas enormes formavam-se nos banheiros, no buffet dos salgados, das revistas. Verdadeira desordem no lugar. A Soraia optou em tomar sua "média com leite" e comer seu pastel com ovo antes de ir ao banheiro, pois assim ganharia tempo para alimentar-se.
             Com o retorno das pessoas ao ônibus, pressão de alguns passageiros mais exaltados, a mulata precisou agilizar sua ida aos sanitários. Depois de longa espera, adentrou o espaço, logo após a saída de uma senhora "ligeiramente" gorda que havia ido estado minutos antes no mesmo estado. O aroma não era dos melhores, numa mistura de creme de ervilhas, mocotó, peixe escabeche e repolho refogado, a combustão era forte. E o cheiro então?? Sem comentários.
             A amiga da Dona Morena, a mulata Soraia precisava ser rápida e objetiva naquele espaço exíguo, de porta limitada, fedorento e cheios de "brindes" espalhados pelo chão. Era o que a casa oferecia. No exato instante, em que a moça preparava-se para sentar no vaso sanitário seu celular começa a tocar desesperadamente. Numa ação "rápida" foi sacar o aparelho, quando o mesmo espatifou-se no chão. Era pedaço para todos os lados. Uma confusão naquele cubículo mal cheiroso. Com a pressão da coordenadora do passeio, a pressa em sair daquele lugar assustador a Soraia reuniu os pedaços do celular e saiu às pressas para embarcar no ônibus rumo à Rio Grande.
             Após vários quilometros rodados, Soraia precisou efetuar uma ligação e não conseguiu concluir. Abriu o aparelho e constatou que, o mesmo estava sem o chip. E agora, o que fazer?? Foi até à coordenadora do passeio, que procurou ajuda ao motorista para retornar no restaurante. Foram informadas que, em razão das estradas e dificuldades de retorno, infelizmente, seria impossível naquele momento e sim no retorno do passeio. Tristeza, bloqueio na empresa de telefonia e constrangimento. A Janete, parceira de banco e velha conhecida da Soraia, jura que a amiga estava escondendo alguma coisa. Ou estava sem créditos no celular, ou o aparelho caiu no vaso ou até mesmo o tal chip repousou ao lado de algum "moreno mole" decorado com milhos. Temas mal cheirosos, prefiro não discutir, como costuma dizer Dona Morena.                           O mais importante é que o aparelho tá bloqueado. Talvez, cagado...mas bloqueado. 

20 de jun. de 2012

Foto
 É hoje...
Não é circo, mas estou com a impressão que o Salão de Atos da UFRGS hoje à noite se transformará no espaço de maior ESPETÁCULO DA TERRA dos últimos tempos - a comemoração dos 12 anos do SERROTE PRETO.
Onde? Salão de Atos da UFRGS, 20h, entrada franca.
O Zé Evandro, seus pandeiros, os músicos, os ritmos, os balanços, os amigos e tudo mais em estado de graça aguarda todos por lá.
Eu e a turma do Armazém do seu Brasil estaremos por lá.
Vamo??

Edinho Silva  

28 de mai. de 2012

Mais um ENCONTRO DE LUZ E PAZ - aniversário do professor Palmeira



    













         No dia 11/05/2012, uma sexta-feira de tempo nublado, estive no palco da Cia de Arte acompanhado do Rogério Sete Cordas, Luis Palmeira, Fábio Cabelo, Elias do Bandolim, Cássio Luiz, Vinni do Pandeiro, Volnei Neves, Ary Fernando, nego Edu, Claudinha Barulho, Antonio Lemos, Fábio Ananias, Roberto Nascimento, Tio Paulo e Gilmar Dornelles no show intitulado LUMINOSIDADE - Um encontro de luz e paz. Com uma cenografia bacana homenageando Oxalá e um desfile de sambas autorais e outros clássicos, a apresentação reuniu amigos numa noite de muita energia no ar.
         Pois, o Rogério Sete Cordas (o dono da festa) repassou o compromisso de organizar todas as etapas da função. Baita responsabilidade. Aceitei o desafio e me empolquei mais ainda, pois a direção musical estaria a cargo do senhor Luis Adelmo Palmeira - o famoso PROFESSOR PALMEIRA.
       Saibam voces que o CARA, é o cara mesmo!!! Generoso, disciplinado, bem humorado, talentoso, disciplinador e sobretudo, alto astral o tempo inteiro.
    Pois este "moço" estará comemorando mais um de seus aniversários no próximo sábado, dia 02/06/2012, no Bar e restaurante Prato do Dia - rua João alfredo, 199 - Cidade Baixa. E logicamente, com a licença devida do Rogério, será mais um encontro de luz e paz.

                    Eu, a galera do Armazém e todo "o povo do samba" estará por lá.

                                               Edinho Silva


Serviço:
Aniversário do professor Palmeira
Quando: 02/06/2012 - sábado
Onde: Prato do dia - Bar e restaurante - rua João Alfredo, 199 - Cidade Baixa
Horário: a partir das 20h  
Investimento: R$8,00 (único)

22 de mai. de 2012

LUMINOSIDADE total

           


             Quando recrutado pelo Rogério Sete Cordas para pensar uma ação musical que envolvesse seus trabalhos e seus amigos, coloquei minha cabeça a funcionar. Por que recrutado?? Sim, convite de amigo é ordem.
             Continuemos...surgiu uma idéia de show numa sala de teatro, um pouquinho de cenografia, músicos talentosos, convidados bacanas, iluminação e som de primeira. Pronto!! Assim nasceu LUMINOSIDADE - um encontro de LUZ e PAZ. Na direção musical, o Rogério aprontou das suas. Convidou o professor Luiz Palmeira para organizar a função das partituras, dos músicos, dos ensaios e do alto astral que imperou desde o início. O mocinho chamou o Fábio Cabelo para o cavaquinho e o Elias com seu bandolim. Na conta do Rogério vieram o lendário e cheio de ritmo Cássio Luis e seu belo surdo, o Vini no pandeiro e eu, apadrinhei, a representação musical do Armazém do seu Brasil, Volnei Neves(tantan). A banda fixa estava pronta. E os convidados??
            O Rogério foi listando um a um: o romântico Ary Fernando, a voz do morro do nego EDU, a simpatia da Claudinha Barulho, a irreverência de seu pai Paulinho (tio Paulo), a cadência do Antonio Lemos e a energia da Batucada do Armazém (Roberto Nascimento, Gilmar Dornelles e Fábio Ananias). Tudo isso sob o olhar atento de Oxalá, representado em sutil espaço na cenografia.
            Precisava mais?? Sei lá, com este timaço era só trazer a "pecuária", o sal grosso, o carvão e liberar o freezer da cerveja e passar as próximas 12 horas de samba, na sua mais pura essência.
           E o resultado?? Lágrimas, risos, emoções, pessoas felizes e muita energia no ar. 
           Eu, onde estava?? Sentado numa mesa ao lado do palco, cheio de satisfação por ter me aproximado deste povo.
           E que venha o próximo...no segundo semestre.

Edinho Silva


Em tempo: Quer dar uma espiada nas fotos do evento?? Procura o Rogério. São muitas e estão muito legais.

Bailão cultural?? É tudo nosso...


" Papel e caneta na mão pra anotar
A receita que agora nós vamos passar
Uma pitada de felicidade
Com alegria pra começar”
                      Assim começa a música O COZINHEIRO, de autoria de Kako Xavier e Amaro Radox




            Neste clima de batuques, maçambiques, violões, palmas na mão, sorrisos largos e muita energia a  Tamborada  prepara-se para subir no palco da Tafona da Canção, reconhecido festival de arte, música e cultura que acontece nos dias 25 e 26 de maio, na cidade de Osório/RS.
            E a ginga de corpo não pára por aí, pois no dia 27/05/2012 (domingão), a partir das 19h, o famoso João Gilberto Bar, casa noturna localizada no coração de Pelotas, recebe a quinta edição do Bailão Cultural.
            Com muitos convidados especiais os requebros, as gingas, a sensibilidade e os ritmos garantirão toda a emoção que o encontro propõe.
             Eu, o Kako Xavier, a turma do Armazém do seu Brasil e a galera da Tamborada esperamos todos, hein??                                                                        

Serviço:
Quinto Bailão Cultural - Tamborada recebe seus amigos
Onde? João Gilberto Bar - Pelotas/RS
Quando? 27/05/2012 - domingo - a partir das 19h
Maiores informações? acesse http://www.bailaocultural.com.br/

21 de mai. de 2012

Deficiencia física não é brincadeira



  1. Pois, o Vladimir do pandeiro, era bom de samba e sedução. Não poupava ninguém do seus galanteios. O bicho era triste. Logicamente que, a maioria batia na trave e o moço quase sempre errava "o tiro". 
  2. Certa vez conheceu uma moça pelas redes sociais e engatou um namoro virtual firme. Detalhe da condição do mocinho - o cara era casado. Ginástica completa para o primeiro encontro. Compras de roupas e sapatos novos, desculpas em casa, aquela função toda.
         O cara iria trabalhar a durante o dia, no intervalo do almoço compraria a "beca nova" e o "pisante" e na noite iria ao encontro da nova presa. Em casa, a desculpa esfarrapada da hora extra já havia rolado. Tudo sob controle.
        Finalzinho do dia, o nego Vladi, bem vestido rumou para a parada de onibus quando foi interceptado por um colega de trabalho e sua motoca. "Não quer uma carona, Vladimir!!" - perguntou o amigo. "Te levo na carona da moto. É mais rápido!!". O cara aceitou e rumou ao encontro da "princesa" como ele se referia.
        Ao desembarcar da moto, seu parceiro percebeu uma forma estranha de caminhar do Vladimir (andando com alguma dificuldade, parecendo com alguma deficiência física na perna). Assustado o condutor da motocicleta perguntou ao moço: "Negão!! Queimou tua panturrilha na surdina da moto!!O que aconteceu!!". Os dois amigos forma verificar o que havia ocorrido e descobriram que o Vladimir encostou o salto do sapato novo na correia da moto. E com isso , logicamente, caminhava torcendo a perna. Dona Morena afirma que, o "triste" era cara de pau mesmo e que iria de qualquer jeito ao tal encontro.
        O Vladi com um sorriso maroto no rosto afirmava, "pior do ter problemas físicos é não ser correspondido no amor". Que lindo, não acham!!

18 de mai. de 2012

Até os brutos choram

                 

 
                  Numa madrugada fria de julho, a turma do Gilsão recebeu uma notícia muito triste. O cara havia "passado para o outro lado" repentinamente. Seu colegas de trabalho num órgão municipal de Porto Alegre foram avisados e a tristeza tomou conta da galera. Apesar de trabalharem em turnos diferentes, todos eram muito unidos. No futebol, nos bailes, nas tristezas, etc.
                  O Ademir, sujeito sério, de poucos sorrisos, considerado um homem rígido com as coisas da vida, fragilizava-se com situações como esta - morte de amigo. Com isto não se brinca, mesmo!! O Luis Ronaldo foi quem trouxe a noticia e os detalhes de velório e enterro para que os amigos pudessem acompanhar os atos fúnebres.
                  Reuniram-se em três carros e rumaram para o cemitério anunciado pelo Luis Ronaldo. Chegando lá, por cruzarem-se poucas vezes com as respectivas familias, não conheciam muito bem a viúva, assim como os filhos do falecido.
                  Ao chegar, o sisudo Ademir, não conteve as lágrimas e chorou compulsivamente. Nenhum integrante da turma teve coragem de aproximar-se do corpo do falecido e era uma choradeira coletiva. O Donato, o mais calmo da turma, aproximou-se da viúva e apresentou os pêsames do resto do grupo. Ela agradeceu e perguntou de onde conheciam o falecido?? Enquanto rolava a conversa, o Ademir não parava um só minuto de chorar. Era pura emoção. Quando o Donato respondeu - "No nosso plantão, na vigilância, éramos muito amigos, sabia, senhora?". A viúva respondeu, um pouco assutada: "Nossa, nem sabia que o Vicente era vigilante??". E concluiu "E sempre trabalhou com eletricidade, na CEEE e nunca onde o senhor acabe de me dizer que conhece ele". Putz, o Donato foi percebendo que algo estava errado. E o Ademir não parava de chorar. E cada vez mais emotivo, chorava, soluçava de forma incontrolável. Após uma ligeira investigação o Donato descobriu que estavam no cemitério e no enterro errado. E quem disse que, o Ademir acreditava ou parava de chorar??
                   Depois de um longo tempo entre lágrimas e perplexidade, foi sensibilizado a acompanhar o restante da turma até o cemitério certo, do outro lado da cidade. 
Como diz, o Carlito Trovão outro integrante da turma: "Os brutos também amam e até choram, né mesmo??"

23 de abr. de 2012

Sopapo poético: Ponto negro da poesia



Na noite de ontem, na companhia de alguns amigos sambistas fomos recebidos pelos parceiros e amigos Alex Bagé e Renato Araújo nos estúdios da Rádio Guaíba para divulgar no Passarela do Samba, programa semanal de samba que reúne, discute, diverte, informa e concentra pessoas representantes das mais variadas manifestações da Cultura Popular. A razão da visita era a divulgação do show Luminosidade – encontro de luz e paz, onde o músico Rogério Sete Cordas receberá amigos e parceiros para uma grande e animada roda de samba.
A noite estava animada com a versatilidade dos apresentadores, o samba do Arlindo Cruz ao fundo, nossa galera dando o recado e o serviço sobre o show. Energia multiplicando-se. Haviam no espaço inúmeros convidados, entre eles, uma turma bacana (Vera Lopes, Vladimir Rodrigues e a atriz e percursionista Pâmela) que divulgaria o Sopapo Poético: Ponto Negro da Poesia. A novidade cultural que chega a Porto Alegre para incrementar, difundir e oportunizar que os talentos afros possam manifestar-se em mais um ponto cultural da cidade.
Com a primeira edição do Sopapo ocorrida em março deste ano, seu surgimento foi inspirado em outros saraus de poesia existentes no Brasil. Um grupo de artistas, intelectuais e militantes de movimento negro tiveram a iniciativa de criar, em Porto Alegre, um espaço para a poesia falada, ritmada, cantada.
Na noite de sábado, em meio a energia das pessoas e dos instrumentos ocorreu uma pausa na programação. O silêncio tomou conta do ambiente, dando espaço a um momento de pura emoção quando uma das convidadas, Vera Lopes recitou um poema. Ao final, lágrimas silenciosas tomaram conta do lugar, novamente aquecido pelo pandeiro e o canto dos demais convidados, Pamela e Vladimir. Os demais convidados acompanhando com palmas contribuíram com a energia espalhada no estúdio. Noite inesquecível.
Então tá!! Encontro marcado. Sempre na última terça-feira de cada mês, na Associação das Entidades Carnavalescas (Av. Ipiranga, número 311), a partir das 19h, com entrada franca, venha curtir um toque de tambor, um poema recitado com emoção, um abraço amigo, observar um artesanato, uma pintura inspirada.
Edinho Silva
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SERVIÇO
O Quê: Sopapo Poético: Ponto Negro da Poesia
Quando: 24 de abril de 2012 (terça-feira) – 19h
Onde: Associação das Entidades Carnavalescas (Av. Ipiranga, número 311)
Entrada Franca 
Convidado da noite: Giba Giba e seu sopapo 
Contato dos Organizadores:
Vera Lopes - (51) 9155-9118
Imprensa: camila4p@hotmail.com

10 de abr. de 2012

Oportunidade sagrada de ficar calado

         Habitualmente, não costumo ingressar em polêmicas da internet. Mas o assunto era de interesse máximo nas rodas de bate papo no Armazém do seu Brasil. Qual era? O SAMBA NOSSO DE CADA DIA. Sim, isto mesmo, o assunto começou numa entrevista de revista de circulação nacional e invadiu o país. Ou pelo menos, os lares verdes e amarelos que apreciam um dos maiores patrimônios culturais brasileiros - O SAMBA.

     Pois, o atrevido, pretencioso e príncipe do le-le-le, Thyaguinho (ex-Exaltasamba), agora em carreira solo, declarou numa revista que "É uma métrica diferente. Eu até influencio outros artistas do meu meio. Eu me sinto honrado em poder ter mudado um pouco a história do samba". Diz o cara.

     É muita soberba do moço. Se foi mal interpretado? Pagou caro a vaidade. A roda de samba foi paralisada por alguns minutos para discutirmos as repercussões de tudo isso. O João do Brasil, abriu o notebook no meio da roda e mostrou a todos os interessados seu facebook e uma postagem da renomada jornalista, sambista, estudiosa e inquieta Vera Daisy Barcellos, nossa amiga de longa data. Nesta postagem, havia um texto de autoria doéMarcos Salles , também jornalista, roteirista, produtor, diretor de shows, CDs, DVDs e eventos e colunista do SITE PAPO DE SAMBA desde 2007. jCoisa bacana e generosa.

        Passado a sessão debate, a galera do Puro Astrhal e o Juliano Barcellos, cheios de luz e energia e "pegaram firmes no couro" e botaram o povo para sambar. Logo em seguida, como agradecimento, Tianinha e a Dona Morena, correram para servir um suculento prato de feijoada brasileira a cada vez mais amiga do Armazém do Brasil, a verde-rosa  VERA DAISY Barcellos.  

Acessa lá, na contribuição da moça: http://papodesamba.com.br/noticia.php?id=3411
Abraços a todos.

Edinho Silva

28 de mar. de 2012

Jorge Aragão x cervejas na conta alheia




                    Era inicio do mês de dezembro e o verão já se anunciava. Um grupo de amigos, funcionários públicos estaduais, entre eles o João do Brasil, organizaram uma excursão à cidade de Rio Grande para a disputa de uma partida de futebol e uma roda de samba.
Num total de 30 pessoas - alguns comportados, outros "moleques", uns sérios e outros desordeiros, enfim, gente do bem com espírito juvenil. Logo no primeiro desembarque, já em Rio Grande, para o devido reabastecimento das bebidas (afinal, comer para que??), o samba correu solto. Os integrantes da excursão, casais, solteiros e solteiras, sambavam e cantavam na maior euforia. Os adeptos a uma gelada, aproveitavam a parada para tomar mais algumas. Enfim, alegria geral.
                      O recatado Leonardo - o Leozinho Batucada, ligeiro como ele só, ao dirigir-se para o banheiro ouviu dois senhores bem vestidos conversando num dos corredores do restaurante/paradouro sobre a discografia do Jorge Aragão. O Leozinho ao voltar para a mesa da roda de samba e ávido por mais algumas geladas na conta alheia, puxou pelo braço o Carlinhos do cavaco, o gogó do grupo, e confidenciou o que havia ouvido dos senhores. Sim. Acreditem!! O danado queria sensibilizar os "doutores" a pagar mais algumas.
                       E não é que o Carlinhos entrou na dele. Arrancou com "Alvará", emendou com "Enredo do meu samba", "Coisinha do pai" e foi cantando, enquanto os senhores bacanas aproximavam-se do samba. E o esperto do Leozinho, arredou duas cadeiras e acolheu os "convidados especiais" pescados pelo esperto. Um deles, dr. Romeu, o mais animado, funcionário do Ministério da Fazenda aposentado, perguntou ao moço sobre a grata coincidência que presenciou. Um grupo de sambistas executar justamente o compositor que ELE e seu amigo mais gostavam. O esperto Leozinho não só reforçou a coincidência, como disse que o grupo inteiro AMAVA o Jorge Aragão. O dr. Romeu chamou o garçon e bancou cerveja. Ouvia um samba, pedia uma meia dúzia. Ouvia outro, seu parceiro bancava outra meia dúzia. Assim a continuidade da excursão foi retardada, os amigos felizes, o Leozinho completamente embriagado e o Carlinhos até hoje, nunca mais cantou qualquer música do Jorge Aragão. Por que?? O tio João do Brasil, desafia - " Experimenta cantar o mesmo artista por duas horas ininterruptas?? Nem pagando, né??
                    Pois, o Carlinhos do cavaco, tocou inúmeras vezes a "Ave Maria", pedindo baixinho para dupla de convidados irem embora e o chato do Leozinho parar de pedir cerveja na conta alheia. 

27 de mar. de 2012

Jornal de vizinho

                 Ricardinho adora uma leitura pode ser uma boa revista, um livro da moda ou um jornal do dia. Bah!! Um jornal fresquinho é com ELE mesmo. E se for de graça então?  Nem se fala. Pois, o moço, pagodeiro de quatro pandeiros, começava sua semana de samba na quinta-feira. Direto até domingo. Nas sextas-feiras  e nos sábados voltava para casa ao nascer do dia, com um pãozinho debaixo do braço e cheio de geladas na cabeça.
                    Pois, numa destas noitadas de final de semana, o Ricardinho “bem turbinadinho”  ao chegar em casa avistou o jornal do vizinho na porta. Acho que, não comentei sobre isso - O moço não gostava muito de gastar nas tais leituras . Respirou fundo e passou a mão no jornal do vizinho, o mais rabugento do prédio, diga-se de passagem. Como era muito cedo (6h da manhã) o cara de pau, nem titubeou. Passou a mão no jornal do vizinho assinante.
                 Entrou no seu apartamento, tomou um cafezinho e foi deitar-se. O sono demorou algo mais de uma hora. A campanhia tocou forte. O Ricardinho nem moveu-se da cama, abriu um olho e o outro manteve fechado. Lá pelas 8h, novos toques na campanhia. Era o vizinho. Às 9h30min, mais toques e desta vez, insistentes e furiosos. Resolveu atender e abrir a porta. Cheio de sono, bafo de cerveja, de cuecas samba canção e cara de poucos amigos.
                  O vizinho com uma expressão mais furiosa ainda, com cara de poucos amigos foi incisivo: “Não quero nada com o senhor, nem sua amizade, seu sorriso, seu cumprimento APENAS MEU JORNAL  DE VOLTA !!! SE NÃO QUER DEVOLVER PELO MENOS EMPRESTA, PÔ!!! Pois, não é que o vizinho tinha espiado pelo olho mágico o Ricardinho “descuidando” seu jornal??
                Completamente, desconcertado devolveu e evita até hoje reunião de condomínio quando descobre que o seu Anacleto, o aposentado ranzinza está presente. Pelo menos, o Zé Prettin nunca o viu por lá.

13 de fev. de 2012

O caminhão passou, mas deixou algumas frases...


             
     “Bom filho à casa torna”, “Deus ajuda a quem madruga”, “Quem corre por que quer não cansa”, “Pau que nasce torto, nunca se endireita” são alguns ditos populares que me intrigam. O primeiro deles por exemplo, restringe qualquer saudade que o filho desgarrado possa ter em relação à família. Se o bom pode voltar, por que o “não tão bom” fica proibido de retornar para o lar?? E a vida dos guardas noturnos, os policiais, profissionais da saúde plantonistas, os djs, taxistas de madrugadão, o tiozinho do cachorro quente não serão abençoados pelo CRIADOR?? E quem corre porque quer cansa sim. Pergunte aos vencedores da última São Silvestre?? Ou a algum jogador de futebol ou piloto de automobilismo?? E o pau que nasce torto, não tem salvação?? Tem sim. 
             Com o progresso, ousadia e criatividade da nova escola de design de móveis qualquer  “pau torto” ou madeira velha transforma-se em móvel da moda. Né mesmo?? Então “VIVA” os ditos populares e nossa ânsia em fragmentá-los e buscar os contrapontos. Afinal, a vida deve ser vista, olhada, observada e analisada sempre com dois olhares. Por que?? Porque tem que ser assim. Se as flores nascem em meio às pedras, trapezistas descem do trapézio, incorporam-se de palhaços, vendem algodão doce e dão autógrafos ao final do espetáculo. Por que não fazer uma saborosa limonada com um único limão que está quase azedando??

Edinho Silva

Telefone celular de todos os dias

        O Valmirão, surdo mestre da bateria do Unidos da Lomba Grande, é um sujeito cheio de ritmos, porém extremamente atrapalhado com suas coisas pessoais. Pois, o cara decidiu trocar seu telefone celular e de operadora. Toda a galera circulava com novos modelos cheios de cores e recursos, musiquinhas diferentes, etc. Era inconcebível que o  “cara do surdo, da bateria do Mestre Sereno” não tivesse um também. Entrou na loja de uma das muitas operadoras da Cidade e foi seduzido a comprar um aparelho bacana e aderir a um novo Plano de conta de telefonia móvel. Tinha um de cartão da V...., com conta controlada e queria trocar para um da CL...O , mais bonitinho. Só tinha um problema. Os aparelhos disponíveis eram de conta, pelo menos era o que dizia a vendedora. O ritmista Valmirão lembrou que sua mãe possuía um aparelho móvel da mesma operadora CL...O,  e poderia aproveitar os 1250 minutos de aparelho para aparelho que a vendedora  oferecera. O moço mantinha um vínculo forte com sua “mamis”, falava mais com a velhinha do que com as namoradas.
               Fechado negócio. Transferiu a agenda velha para o novo aparelho e tocou a vida. Quando sua mãe, dona Cristal, ligava ele pedia para que, desligasse e deixasse por sua conta a ligação (Afinal, falar 1250 minutos por mês era uma barbada, né mesmo??). Fez isso inúmeras vezes e as conversas com a progenitora não tinham fim. Na última semana do mês, em meio a uma das tantas conversas com a mãe, o moço resolveu perguntar: “Oh, mãe, me responda uma coisa?? Tu usa a operadora CL...O há muito tempo?? Resposta imediata: “Usei sim, mas faz tempo. Seus serviços começaram a ficar ruim, tive que mudar” – afirmou a velhinha. Por uns minutos, o Nêgo Valmir ficou mudo. “Quer dizer que falava contigo, todo esse tempo no telefone residencial??” – perguntou ELE. “Sim” – respondeu sem entender nada, a nobre senhora.
            Não preciso dizer quanto custou a fatura de telefone do cara no mês seguinte. O Carlito Trovão afirma que, o Valmirão pegou uma raiva de telefone celular até hoje. 

Praia legal

                    
              









           Decididos a curtir o sol e o mar das terras catarinenses, Beto Cavaco reuniu os colegas da Faculdade, os protetores solares, as roupas de banho e partiu em busca de alguns dias de férias no litoral. Chamou para a aventura sua namorada Carina e os amigos Julinho, Carlão, Zé Prettim, Heleninha, Verona, Michele, o Léo, a Lila, a Marcinha e o Tonico. Em 2 carros rumaram para a Praia da Guarda do Embaú. O Prettim tinha intermediado a locação da casa de um amigo de seu chefe. Não era comum a residência ser alugada, pois a família do bem sucedido advogado da empresa, dr. Claudio Moreira, costumava veranear todos os anos. Como a relação entre seu José - chefe do Beto Cavaco e o dr. Cláudio era muito forte, a concessão foi realizada. A casa era uma beleza e por 7 dias seria o endereço da turma. E o Beto?? Era queridinho do chefe, então levou.
          Super equipada, com a geladeira cheia a casa foi disponibilizada para os jovens. A farra foi geral, muita música, azarão, carne assada e bebidas geladas. O churrasco e a bebedeira era diária. Parte da turma, entre eles o Zé Prettim e sua namorada Lila, deveriam retornar mais cedo do final da temporada. Ficariam na casa para a saideira: o Carlão, Beto Cavaco, Marcinha e a Michele. Na maior euforia no penúltimo dia, o quarteto armou uma festa de arromba na casa alugada. Ao acordar na madrugada, o Beto e o Carlão, um pouco ressacados foram diretos à geladeira beber algo refrescante que não fosse cerveja ou algum destilado. Depararam com embalagens de sucos naturais pertencentes a um dos filhos do dono da casa. Com comportamento hiperativo, o garoto costumava consumir os sucos misturados a medicamentos calmantes. Enfim, mexer naquilo que não nos pertencem tem um preço, né mesmo??.
         Os malucos depois de consumirem quase 2 litros de suco alheio(lotado de calmantes), adormeceram por 48 horas ininterruptas. Perdendo completamente a noção de relógios e calendários. E com isso, a completa responsabilidade em relação ao compromisso firmado para levantarem acampamento.  Nem é preciso anunciar que o Beto não frequentou mais aquela praia, aquele grupo e, tampouco, a lista preferida do seu José, seu chefe na empresa.