Hoje é uma data muito especial: estamos reunidos
para testemunhar a promessa que fazem entre si e para si, Nelson
Richter e Polyana Venturela da Silva para celebrarem a sua Sociedade
de Vida.
Eles querem partilhar com todos aqueles que são
importantes em suas vidas, que sempre lhe serão a companhia certa
seja pra comemorar ou pra enxugar as lágrimas, pra ouvir a palavra
acolhedora ou apenas um “Conta comigo! Vai em frente! Estamos
juntos!”
O momento nos honra a todos e nos dá a
oportunidade de juntar nossos melhore votos de que sejam felizes.
Nelson e Polyana:
Estas alianças que em breve vocês vão trocar, é
mais que um símbolo do propósito que os une, pois elas são a
demonstração que fazem um ao outro e para o mundo que agora se
tornaram sócios de vida. E é isso o que é o casamento: uma
sociedade de vida, pela partilha dos sonhos, de projetos, de
esperanças, de solidariedade, de comprometimento, da vontade sincera
de serem a força e o amparo um do outro para o que der e vier. E
falando nisto, está vindo aí o Ricardo!
Convido a que pensem, e sei que já pensaram
nisto: o que leva duas pessoas a buscarem uma sociedade de vida?
A amizade ?
A afinidade de ideias e ideais?
O desejo mutuamente correspondido?
A vontade de somar alegrias, sonhos, planos,
esperanças?
O sentimento de desamparo e solidão, tão
humanos?
Ou seria, o desejo de juntos se tornarem mais
fortes?
Pois tudo isso é o que chamam de AMOR.
Lembrem-se, queridos :
Nessa jornada que inicia agora, vocês continuarão
a ser quem vocês sempre foram e devem permanecer assim, pois o
casamento, não significa jamais a anulação de quem somos mas
apenas a oportunidade mágica de partilhar, de forma radical, a vida.
É bom que não esqueçam que cada um tem o seu tempo e o seu jeito
de partilhar esta vida e nem sempre estará pronto com a mesma
intensidade e entrega, pois sendo seres singulares vemos as coisas
cada um com sua história de vida, com sua personalidade, com suas
expectativas. A partilha é um processo. Precisa tempo e adaptação.
Sabe aquele silêncio necessário e inadiável? Aquele gosto só seu
de comer pão dormido com geleia de feijão às 3 da madrugada? Pois
é… nem sempre os seus gostos serão partilhados, mas a mesa, esta
sim, poderá e deverá ser.
Vocês não são metades, e esse é o maior dos
enganos. Vocês são dois, inteiros e singulares. E é exatamente por
serem completos que estão se propondo a partilhar a sua completude
com alguém especial, alguém que vai entender, cuidar e respeitar a
sua inteireza. Vocês descobriram que ser feliz é muito bom, mas ser
feliz com quem já é feliz, é melhor ainda. Por isso querem
partilhar a vida, para somar as suas felicidades.
Sejam cúmplices, parceiros, a confiança e o
porto seguro um do outro, pois nada nem mesmo ninguém será capaz de
ajudá-los mais do que vocês um ao outro. E como é doce poder
contar com esta parceria e cumplicidade.
Desfrutem-na!
E se alguma dor se fizer sentir nesta caminha que
se inicia, porque a dor existencial é uma condição humana
inescapável, lembrem-se ambos que de agora em diante ela poderá ser
acolhida, compreendida e dividida.
Não esqueçam que perdoar não é esquecer mas
conviver amorosamente com aquilo que julgamos ser a falha no outro.
Lembrem-se que qualquer de nossas convicções é sempre de um ponto
de vista e isso não corresponde, nem deve corresponder a certezas,
pois a única certeza que deveríamos ter é o preceito socrático de
que nada sabemos. A dúvida nos move, as certezas paralisam. Só isto
já seria de grande ajuda para resolver a maioria de nossos
conflitos. E, amados, perdoar não é bondade, apenas,
racionalidade.
Comemorem a cada dia, fazendo de cada minuto um
brinde, das horas uma festa e dos dias a estação das flores, para
não esquecer que a alegria não nasce da zanga, a felicidade não
nasce da preguiça e a vitória não acontece sem luta. Pois se viver
com sabedoria não é uma tarefa fácil, a dois é sempre um desafio,
mas é tão doce... tão reconfortante, tão mágico quanto o melhor
dos abraços.
Sendo assim, repitam comigo a sua Promessa:
Eu te prometo, a cada dia,
Fazer o meu melhor pra te fazer feliz,
O meu melhor pra te proteger e amar,
O meu melhor pra te respeitar e compreender
Honrando a nossa promessa de Sociedade de Vida.
João Paulo Silveira/JP - filósofo, professor, poeta