O Zé Prettin tem um parceiro, o Tavinho que é um sujeito diferenciado. Boa praça, bem humorado, falante, ritmista dos bons, enfim um cara do bem. Pois, o Tavinho estava fazendo um tratamento “para a cabecinha” (não era capilar seu problema, registra-se...) numa clínica vinculada a um hospital psiquiátrico de Porto Alegre. Ao sair de uma consulta na tal clínica, sacou do bolso seu óculos solar, do tipo aviador, Ray ban e tal, passou uma pelúcia e posicionou no rosto e partiu em direção ao seu local de trabalho no Centro da Cidade. Quando chegou na parada de ônibus, uma senhora que lá estava o olhou de um jeito estranho. Nosso amigo Tavinho, foi logo penando: “Que bosta é esta?? Que gente preconceituosa. Só porque saí da clínica psiquiátrica já olham as pessoas de um jeito diferente??”. Embarcou no ônbus e ao pagar a passagem a cobradora também fez uma expressão esquisita na direção do rapaz. Putz, “que gente esquisita!!”, pensou o moço. Sentou num banco ao lado de um soldado militar que TAMBÉM o encarou de um jeito estranho. Tavinho acomodou-se no banco e discretamente com o canto do olho esquerdo espiava o brigadiano para conferir se o mesmo continuava a encará-lo.
Depois de uma viagem de desconfianças e mal estar, o moço chegou ao seu local de trabalho um pouco chateado e “ligeiramente” enfurecido, pois estava indignado com o preconceito das pessoas em relação àqueles que passavam por tratamentos da “cabecinha”. Foi direto ao banheiro lavar as mãos e o rosto para iniciar a labuta diária. Ao chegar diante do espelho, surpreendeu-se com o que viu. Estava apenas com uma lente no óculos (a outra caiu no seu bolso durante a consulta). Em meio a risos, sentiu-se o verdadeiro “Pirata do Caribe” vindo do médico. O Zé Prettin jura que o Tavinho já recebeu alta há muito tempo. Eu não apostaria nisso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário