26 de nov. de 2011

Um assédio com estilo



             Nosso amigo Betão e seus 104 quilos, 1,98 de altura, braços de estivador e toda sua paciência de profissional de segurança pessoal rumou para uma conhecida loja de departamentos para comprar um terno novo para o casamento de seu irmão.
             Em meio a “araras” e cabides, Betão movimentava os variados modelos de camisas que combinassem com sua gravata e o restante da roupa escolhida. A indecisão era grande e enquanto não se resolvia, aproximou-se um senhor, cliente também, bem vestido e com boa fala mostrando-se  muito solícito e sorridente.  O Betão, fingindo não ser com ELE os sorrisos amarelados que vinham na sua direção, mudava de departamento, a todo instante. Aproximava-se das calças, lá vinha o titio a dar palpites. Rumava até os ternos, lá vinha o sorridente senhor.
                Já passava um bom tempo quando o Betão encontrou o modelo que lhe agradou. Entretanto, o preço era alto e distante das reservas do nosso amigo Betão. O simpático senhor não resistiu e aproximou-se falando, quase a seu ouvido: “Moreninho, escolhe a camisa que quiseres com a condição de usar o outro presente (cueca de seda, que trazia consigo) que reservei  para ti. E a prova será na minha casa. Vamos???” O Betão sem pensar muito sobre o assunto deu um empurrão no homem, arremessando-o sobre outras “araras” e composições de cabides próximos. Voaram roupas, galanteador ao chão. Maior fiasco.
             Furioso,  Betão saiu caminhando na direção da saída da loja e próximo à porta de acesso um atendente da loja solicitou sua opinião sobre os serviços  oferecidos. Na hora sem medir as palavras, Betão afirmou: “Falta de respeito total. Na próxima vez, que receber cantadas masculinas baratas vou “baixar o braço” geral. Vai sobrar até para o gerente, já pode avisar” – bradou o moço.
O Carlito Trovão disse que o amigo não é de brincadeira.

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