“Bom filho à casa torna”, “Deus ajuda a quem madruga”, “Quem corre por que quer não cansa”, “Pau que nasce torto, nunca se endireita” são alguns ditos populares que me intrigam. O primeiro deles por exemplo, restringe qualquer saudade que o filho desgarrado possa ter em relação à família. Se o bom pode voltar, por que o “não tão bom” fica proibido de retornar para o lar?? E a vida dos guardas noturnos, os policiais, profissionais da saúde plantonistas, os djs, taxistas de madrugadão, o tiozinho do cachorro quente não serão abençoados pelo CRIADOR?? E quem corre porque quer cansa sim. Pergunte aos vencedores da última São Silvestre?? Ou a algum jogador de futebol ou piloto de automobilismo?? E o pau que nasce torto, não tem salvação?? Tem sim.
Com o progresso, ousadia e criatividade da nova escola de design de móveis qualquer “pau torto” ou madeira velha transforma-se em móvel da moda. Né mesmo?? Então “VIVA” os ditos populares e nossa ânsia em fragmentá-los e buscar os contrapontos. Afinal, a vida deve ser vista, olhada, observada e analisada sempre com dois olhares. Por que?? Porque tem que ser assim. Se as flores nascem em meio às pedras, trapezistas descem do trapézio, incorporam-se de palhaços, vendem algodão doce e dão autógrafos ao final do espetáculo. Por que não fazer uma saborosa limonada com um único limão que está quase azedando??
Edinho Silva
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