13 de mar. de 2013

Trote acadêmico?? Será necessário na vida de um estudante??



            Outro dia fui abordado por uma dupla de calouros, estudantes de uma Universidade Federal de nossa Cidade, Porto Alegre. Não lembro qual era o curso. Sei lá, afinal não importa muito mesmo. Mas o que realmente quero compartilhar com os amigos  do Armazém, assim como fiz com o Zeca do Surdo, é a validade das ações nos primeiros dias de aula. Os tais "trotes" acadêmicos.
              Aproximaram-se e numa movimentada esquina próximo a meu trabalho, dois jovens com os rostos pintados com misturas de tintas e óleo de cozinha, roupas rasgadas e sujas com farinha, cabelos sujos com uma mistura forte à mistura de vinagre e erva mate. Logo que, se aproximaram pediram moedas ou qualquer espécie de dinheiro disponivel. Curioso, perguntei qual a razão do estranho pedido. Dinheiro na sinaleira.              Um deles respondeu: "Os alunos veteranos nos obrigam a arrecadar dinheiro, pedir nas sinaleiras, nas calçadas para fazermos uma grande festa de integração depois". E acrescentou ainda, "tem uma parte legal, tio. Simboliza um marco em nossas vidas. O ingresso na Universidade Pública". Pensei com os meus botões da calça: "Será mesmo necessário os recém ingressos na Universidade Federal, muitos oriundos de familias abastadas da Cidade e do Interior do Estado (e quem sabe, do Brasil afora!!) pedirem dinheiro para a compra de bebidas?? Por que?? Mensalidades não serão pagas, pois o ensino superior como todos sabemos é  público e gratuito.
        Enfim, disputar com meninos vendedores de bergamotas, meninas que vendem panos de prato a generosidade dos motoristas dos motoristas e pessoas comuns que transitam pelas calçadas, muitas vezes à procura de emprego, não está com nada!!. Perguntei ao Zeca do surdo sua opinião e o cara respondeu: "Mermão, preferia nem responder. Entretanto, não sou sujeito de ficar de boca fechada. Não seria razoável juntar o dinheiro enquanto presta o vestibular para as bebedeiras de comemoração sem apertar ninguém?? To errado, mermão??". Não - respondi. "Então deixa quieto" - disse o "homi".
Falei...  

Edinho Silva

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