Carlito Trovão nos conta que num Carnaval dos anos 80, uma das tribos carnavalescas existentes em Porto Alegre, cometeu uma "senhora gafe" em plena avenida. É sabido que uma das exigencias do regulamento prevê uma performance(ou um rito) defronte aos jurados para a devida avaliação.
Durante 60 dias sob o comando do coreógrafo Lelei Mathias, 3 bravos e disciplinados querreiros ensaiaram uma ação junto ao pajé e ao chefe da tribo, os passos, os movimentos e os sons para impressionar os jurados e as autoridades. Ensaiavam muito, quase chegando à exaustão.
A performance consistia na proteção às oferendas e à fogueira feita pela autoridade espiritual da tribo defronte aos jurados. O pajé abaixava-se com os artigos que compunham a oferenda aos deuses e no mesmo instante, os 3 índios aproximavam-se correndo, com suas lanças e seus gritos de guerra, para cercar e proteger o evento. Tudo combinado, não haveria de ter erros.
No momento selecionado, cacique e pajé de cócoras, partem na direção deles 4 guerreiros e não 3, como previa os ensaios. O coreógrafo Lelei, levou à cabeça, as duas mãos.."Nossa!!! O que ESTES MALUCOS estão fazendo?". "Quem é o quarto índio qu grita mais que todos e parte na direção da oferenda??" - bradava o responsável técnico pela coreografia. Pois, não é que o quarto e mais desajustado índio, gritando mais alto que todos, cruzou os demais e a fogueira montada na avenida e foi direto ao cantinho da arquibancada?? Para surpresa geral, o moço arredou a tanga e as penas, sacou seu órgão genital e "MIJOU" geral, bem juntinho da arquibancada. A 50 metros de vossa excelência, prefeito Collares e sua primeira dama.
Por sorte, a RBS não transmitia naquele tempo Carnaval. O Carlito não lembra muito bem como terminou a história e nem a colocação da tribo na pontuação geral. O que ELE desconfia que o moço não dormiu na "tenda".
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