18 de dez. de 2012

Se meu fusca falasse...





Esta é na conta do Zé Prettin...


A loira Marli, boa de gingado e de samba no pé, recrutou suas amigas Soninha e Jujuba para pegar uma praia diferente. Iriam passar o feriadão de Carnaval emSanta Catarina, na Ilha de Florianópolis e suas praias paradisíacas. Bronzeadores e protetores solares, biquínis ousados, alguns cartões de créditos, cadeiras de praia, guarda-sol, esteiras e tudo que um veranista precisa para ser feliz por alguns dias.

No dia combinado, lá estava a Marli, com seu carrão envenenado – um fusca 1968, todo original -, para apanhar as amigas erumarem para o litoral catarinense. Viagem longa pela BR 101. Sem ousadias e ultrapassagens arriscadas seguiam firmes estrada afora. Carrões importados e caminhões ultrapassavam a todo momento o carro do trio loiro. As férias rolavam na maior euforia. Um dia em cada praia catarinense. Sol forte durante o dia e à tardinha, reabasteciam o fusca, cadeiras e esteiras no rack do carro e “pé na estrada”. Tudocom muita empolgação. O trio das “loirosas” decidiu visitar a Praia do Rosa e conhecer algum surfista marombado. Dia inesquecível. Na volta extremamente cansadas, com a Marli ao volante, e uma vontade doida de retornar para a pousada onde estavam hospedadas, a loira mais dourada do trio, pisou fundo no acelerador no caminho de volta ladeira abaixo. Maldita decisão. Como as cadeiras, o guarda-sol e as cangas estavam mal amarradas sobre o carro, todos os objetos começaram a voar pelo acostamento e pela estrada entre os veículos que vinham em direção contrária. Um horror. A Soninha, a mais religiosa delas, nem respirava no banco traseiro e rezava muito, enquanto a Jujuba tentava segurar com uma das mãos as toalhas que voavam entre a vegetação.

Perguntei ao Prettin e por que suas amigas não pararam o carro na estrada?? Simples. O Azulão, como era conhecido o fusca, estava com os freios falhando. E só foi parar quando a estrada ficou numa reta mais plana.




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