18 de dez. de 2012

Tecnologia sacana

Essa na conta do Carlito Trovão



O João Inácio, homem correto, pai de familia exemplar, refinado, trabalhador, também tinha seus momentos de fraqueza. Sua sogra, dona Nadir, não confiava muito no rapaz e tentava sempre que podia, alertar  a galera sobre o "monstro em pele de cordeiro" representado pelo genro.
O malandro andava sempre na linha. Cometia seus pecadinhos, mas não deixava mancadas, pois a sua Jussara - policial militar de linha de frente - era uma fera.
Certo dia, depois de lascar uma mentirinha em casa - anunciando uma visita ao compadre rumou para a roda de samba do Tio Anacleto, conhecido reduto de bom samba e mulheres bonitas. Lá conheceu uma mulata de parar o transito. A Nair Consolação, porta bandeira da Unidos do Catatau. Um "petáco", como dizem alguns. Cintura fina, pernas roliças, rosto aveludado, perfume moderno, covinha na face. E o melhor: SOLTEIRA. Ela sim, ele não.
Trocaram olhares, sambaram muito, beberam cervejas e trocaram telefones para um futuro encontro num outro final de semana. E este dia chegou. Uma sexta-feira em que, sua patroa Jussara iria às compras num shopping com a sua mãe, a dona Nadir e não retornariam tão cedo. Estava soltinho, o seu Inácio.
Pontualmente, no lugar marcado lá estava o cara de pau do Inácio. Aflito, pois estava transgredindo e a DONA JUSSARA era muito braba e carregava consigo o seu calibre 38, sempre municiado. Coisas do trabalho. E a bonitona da Nair não chegava...O don Juan de araque resolveu usar o celular e enviar um torpedo à moça. Teclou rapidamente e disparou. Olhou com uma atenção maior e percebeu que havia enviado um torpedo apaixonado à Nadir (sua sogra) e não à Nair, sua caça...
Nem preciso contar o resto...até hoje o cara reclama. Palavra que sai da boca, pedra que sai da mão e torpedo disparado causa estragos sempre. Putz.  

 





















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