20 de set. de 2011

Saudades de um sambista - parte 1




           Quando  idealizei  o  Armazém  do seu Brasil imaginava uma  proposta  original e cheia de bom humor, porém é inevitável não registrar alguns “tropeços na caminhada”. Estou me referindo a partida precoce de um grande parceiro  de samba, cerveja gelada, de risos largos, lascas de costela  e de roda de amigos. Estou falando do Leandro LEF Silveira.
              aproximadamente 7 anos, por intermédio do grupo de samba e pagode  Cantakgente (Marcos Docinho, Rodrigo Bronquinha, Felipe Fifo, Fernando China, Fafaco, Luciano e o Diego Boy) uma galera universitária bacana que batucava um sambinha legal nos  finais de semanas conheci o moço. Era uma época de transição na cena musical e noturna de Porto Alegre. O samba saía dos condomínios, dos bares das Faculdades e ocupava espaços antes ocupado por pop rock, reggae, house e música eletrônica. Em São Paulo, por exemplo, Jeito Moleque e Inimigos da HP arrastavam milhares de fãs por onde passavam. Embora, sem conhecer a estrutura de bastidores destas bandas, seguia colaborando com meus amigos gaúchos vencedores da primeira edição de um Festival de samba e pagode de um conhecido jornal do RS. E o Leandro LEF onde entra nisso?? Já explico. Certo dia, na companhia do Marcos Docinho fui até o apartamento de um condomínio popular próximo ao Estádio Olímpico para ser apresentado ao Leandro. Na ocasião, produtor, empresário e, sobretudo, amigo do grupo. Como a carreira do jovem empresário estava na fase inicial o ambiente de trabalho me assustava um pouco. Era alguns banners espalhados, flyers de uma pequena casa da Venâncio Aires, instrumentos musicais pelos quartos, telefones tocando, pessoas circulando. Uma ligeira bagunça. O que me surpreendia mesmo era a ACOLHIDA e o CARINHO oferecido pelo responsável por tudo aquilo. Nunca faltou um cumprimento firme, uma palavra de afeto, um copo de coca-cola gelada, um sanduiche e uma boa conversa. Assim foi a forma que fui apresentado ao Leandro. Cheio de sono, com um copo de refrigerante na mão, um sorriso no rosto e alguma idéia para incrementar o Pagode Universitário dos pampas.             

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