Carnaval de 1998 numa cidade do Interior do RS, bateria tinindo, as alas organizadas, microfones testados, harmonia afinada e o solista principal prestes a iniciar o “aquecimento” para entrar na avenida dos desfiles. Quem era ele?? Marcinho Gogó de ouro – nome de ba tismo: Márcio Soares de Azevedo.
Em meio a toda a agitação da concentração que os carnavalescos já conhecem, surgiu um senhor com cara de brabo, terno bem alinhado e pasta de couro sob o braço. Era um oficial de justiça que portava nas mãos uma folha de papel timbrado de uma movimentada Vara de Familia (pensão alimentícia) do Estado e tinha como destinatário o Sr. Márcio Azevedo. Perguntou ao primeiro carnavalesco que viu pela frente sobre o tal moço. Coincidentemente, o Marcinho Goró, o próprio interessado foi a primeira figura a ser abordada. Na maior “cara de pau” o cara negou que conhecia. Prosseguiram-se as abordagens e nenhum sucesso. E o moço da Justiça circulava entre os carnavalescos. Perguntando a todos sobre o Sr. Márcio. E o Goró, quietinho, como se o assunto não fosse com ele.
Alguns minutos antes do desfile da Escola iniciar, o desavisado diretor de bateria Miltinho Tamborim aproximou-se do Marcinho e em alto e bom som chamou o amigo pelo nome, despertando a atenção do “homem da justiça”. No mesmo instante o “representante da lei” caminhou na direção do Marcinho Goró ou sr. Márcio Azevedo e este soltou para o alto o microfone, saindo às pressas rumo às arquibancadas e misturando-se entre as pessoas presentes naquele espaço. Cenas hilária e corridas sem rumo em plena avenida. O Carlito Trovão jura que a escola desfilou legal com a presença do puxador de samba Gogó, depois de muita negociação entre a autoridade e a diretoria da agremiação.
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