7 de nov. de 2013

Visita ilustre para aliviar um momento de dura reflexão



           O sujeito da foto chama-se Matheus de Assis, guitarrista, solidário, sensível e talentoso. Integrante da banda regueira Orio Jah, um produto cultural prá lá de bacana, do bairro Restinga (https://www.facebook.com/pages/Banda-Ori%C3%B4-Jah/462506957150830) veio, na companhia da parceira Kerollen Luana (o desenho na filosofia), visitar a primeira turma do curso Superior em Gestão Desportiva e de Lazer, do IFRS/Restinga. Na companhia de meu colega e parceiro, Rodrigo Dutra, fazíamos uma pesquisa para um seminário em sala de aula sobre um tema bastante pesado. "Associações filantrópicas - a recreação como função social".
            Pela amplitude a ser abordada, decidimos elaborar um trabalho por amostragem. Escolhemos 6 instituições (3 abrigos e casas lares e 3 asilos) próximas ao terceiro setor (entidades sem fins lucrativos que mantém-se através de parcerias e doações). Definimos que, 4 destes endereços seriam de instituições bastantes conhecidas e as outras duas sem tanta projeção na Cidade. Por que o critério?? Simples. Com o estudo tivemos a certeza de que, as quatro mais conhecidas da comunidade portoalegrense são atingidas por diversas vias. Enquanto as demais, apostavam nas novidades do cotidiano.
              Nossa apresentação foi tensa, pois o tema é bastante delicado. Identificar em crianças que são abandonadas ou órfãos, os idosos que são "esquecidos" pelas famílias o que mais os agrada enquanto entretenimento é uma dureza sem fim. Identificamos um grupo de acadêmicos da UFRGS que através de um projeto voluntário conta histórias num lar de idosos. O que isto tem de novidade? Nada. Alguns foram abandonados pelos parentes e querem mesmo uma visita para conversar, contar suas histórias. Numa reconstrução de relação de amizade. Em relação às crianças, percebemos muitos casos de "uma invisível rejeição" da sociedade. Afinal, na equivocada ótica de alguns, filhos de abrigos assistenciais e casas lares (sem famílias) estão condenados a serem pessoas não tão "boas" assim. Ou por questões genéticas ou por educação mesmo. Enfim, manhã tensa.
             Modificada, ao final, quando de violão em punho, nosso convidado Matheus interpretou 3 músicas (uma de Cazuza e duas do Legião Urbana). Depois de cantarmos juntos, eu e meus colegas, fomos para casa com os versos do Renato Russo na cabeça..."É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã... Porque se você parar pra pensar, na verdade não há..."
Valeu Matheus e até a próxima. Vida longa à Orio Jah.
Abraços,
 
Edinho Silva

4 de nov. de 2013

Paixões verdadeiras

Na semana passada publiquei na íntegra o post fragmentado abaixo no Baticumbum. Quer conhece-lo por inteiro?? Acessa lá www.baticumbum.com.br  - na coluna "Na arquibancada".



...Enquanto o atleta era recebido com a camiseta do novo clube, beijando o distintivo (aquelas coisas de paixão fugaz), EU recebia meus amigos com um caloroso abraço e a promessa de algumas Polar, churrasco e muito samba. O jogador dirigia-se para o estádio, onde daria uma entrevista coletiva. E nós para minha "humilde residência". Por alguns momentos ficamos observando a empolgação das pessoas, os "famosos beijos" no simbolo do time. O que um time tem de mais sagrado. Mais ou menos parecido com um pavilhão de uma escola de samba.

Falando em samba, a mulher do meu amigo, perguntou se aachava que a demonstração de afeto do atleta era sincera, de coração. Seu marido, corintiano roxo, participante atento da conversa disparou uma pergunta que não soube responder. Perguntou ele: "Quando os destaques de Carnaval do Sul, trocam de escola (alguns ao final do desfile, inclusive) ou em meio à temporada, também distribuem juras de amor à nova escola como em outras capitais?? E a fidelidade, onde fica?? Pergunta o cara. Não soube responder. ..

Boa leitura. Abraços, Edinho Silva