24 de ago. de 2017

Casamento do Ricardo - parte 2 - O sapato do noivo







                  Pois as emoções não páram no "casório' do Ricardo e da Déia...

                  O Netinho nos contou que, o "Lucianinho" Cheiroso ficou com a responsabilidade de recolher "os mimos" dos noivos dentro dos sapatos do Ricardo. A combinação de convidados generosos e abastados + os dois calçados de tamanho 44 dariam um bom resultado de arrecadação para a Lua de mel.
                  Em cada grupo abordado os convidados repousavam notas e mais notas de R$50,00 e R$20,00. A noiva Déia, à distância, já calculava e planejava os "passeios" e as comidas que consumiriam durante o passeio de nupcias. O nego Ricardo só pensava nas cervejas artesanais e nos vinhos importados que traria para casa.
                   A arrecadação parecia controlada, pois o Lucianinho "era de fé". Toda a familia confiava e quase foi chamado para ser um dos padrinhos do casamento. Enquanto os sapatos circulavam, os noivos aproveitavam a festa, esbaldando-se na pista de dança.. A noiva de salto alto e o noivo, o nego Ricardo, de meias e sandálias havaianas que arrumou emprestadas.
                   No meio da festa, o seu Otávio, pai do noivo, circulou o salão para procurar o Nelsinho com os sapatos. Pretendia dar um apoio e uma segurança, afinal tinha muito dinheiro nos calçados. Andou, andou e nada. Cade o moço??
                  Perguntou aos seguranças e a alguns conhecidos que estavam próximos à porta de saída e perguntou: "Cês viram, um moço de terno e cinza e gravata vermelha cruzar à porta??". Responderam: "Por acaso, de chapéu Panamá??". Acho que não...ou sim?? A tia Beta, mãe do noivo e mulher do Otávio, acrescentou: "Um negro alto e magrelo, de bigodinho ralo e sapato bicolor".  O porteiro respondeu: "Bah, senhora...é ELE mesmo. O Zé Pilintra do casório acabou de embarcar apressado num uber com uma sacola plástica na mão."
                 Infelizmente, o Ricardo recebeu os sapatos vazios quase 60 dias após o casamento. Até hoje, 3 anos depois ainda procura o "Lucianinho" cheiroso para uma conversa a "olho no olho". Ou soco no olho, como queiram.
  

Casamento do Ricardo - parte 1 - o transporte dos noivos





                  Esta foi o "Neto" que nos contou.
                  Sua mãe, nega Gaby "Furacão foi convidada para uma festa de casamento de uns amigos: a Déia, rainha de Bateria do Unidos do Jacaré, e o ritmista Ricardo, negro gente fina, colorado, bom de bola e de muitos amigos. O casório iria rolar na Igreja Nossa Senhora das Dores e a festa num salão no mesmo bairro.
                 Os preparativos eram muitos e os noivos dividiram as tarefas. ELA ficaria com a lista de convidados, a comida, a decoração e os preparativos da Igreja. ELE cuidaria da sonorização, das bebidas  dos seguranças, da banda e do carro que transportaria o casal.
                 Com uma seleta lista de camaradas, o nego Ricardo arrumou emprestado uma "verdadeira nave" para transportar os noivos após o casamento até o local da festa. O motorista escalado seria seu cunhado, o atrapalhado Nelsinho. Após a cerimônia que atrasou um pouco, os convidados e familiares, apressados rumaram para o Salão da festa. A fome e a sede "batia" e a turma gostaria de cair logo na comemoração.
                 Igreja lotada, lágrimas, pétalas de rosa, fotografias e grãos de arroz para todos os lados e TODOS saindo às pressas da "casa santa". A empolgação era tanta que, o Nelsinho cunhado do noivo ligou o carro saindo apressado. Os noivos, Ricardo (sem carteira,  telefone e sem dinheiro) e a Déia ficaram "plantados" na porta da Igreja. ELA segurando o buquê e as luvas, enquanto ELE segurava a raiva.
                  Após 40 minutos de espera, a familia do noivo se deu conta do esquecimento. O cunhado Nelsinho foi acionado para buscá-lo, exatamente no mo mento em que o casal chegava na festa a bordo de um táxi que ainda não havia sido pago.
                 Pode uma acontecer coisa destas, produção?? Pode. Com o Ricardo, TUDO pode.