21 de jun. de 2019

Eu, ELA e o Arrelia...Pode ter alegria maior??



       Posentão...

    A requintada e luxuosa escadaria é de uma das nossas casas. Explico: É o hal de entrada do IFRS/Porto Alegre, tradicional endereço do centro de Porto Alegre (Quem não lembra da antiga Loja Mesbla, na esquina da Voluntários da Pátria e da Cel. Vicente??).
      Atualmente, acolhe um sede do Instituto Federal de Ciencia e Tecnologia do RS, um espaço que oferece cursos de Ensino Superior e de Pós-Graduação com qualificados corpos docentes com professores de diferentes regiões do País. Aliás, destaco que Porto Alegre é uma das poucas Capitais que mantém 2 unidades de Ensino nestes moldes. A outra fica na querida Comunidade da Restinga.
     Foi a partir de uma parceria do Conselho Estadual de Cultura e o IFRS, numa iniciativa de artistas, profissionais, atores ligados às artes circenses ´que uma ação de extensão intitulada "Gestão em artes circenses", foi proposta em 2018. Por quase um ano de troca de saberes, entre classe, professores, público, foi possível vivenciar diferentes olhares sobre a arte circenses das ruas, das lonas e dos palcos.
   "Time de grife" de instrutores colegas, de colegas instrutores, de platéia, de produtores, um verdadeiro mosaico de energia positiva em nome da arte milenar que é o CIRCO. Vibrações tão escassas em tempos atuais.
     Na imagem, fica registrada boa parte da minha euforia com a nova titulação - Gestor em artes circenses. A meu lado, minha apoiadora, fiel escudeira, parceira, feliz, bela e sorridente Patricia Venturela, minha mulher prestigiando o ato de formatura da turma. E no peito a imagem do palhaço Arrelia, em homenagem aos colegas, professores e a todos circenses que puder atingir. 
     Elencar todas as novas impressões que surgiram após o tempo em que estive participando das aulas, três dias, por semana seria prazeroso, porém exaustivo. Foram "tantas emoções", como diria o Rei que não beija as rosas (desculpem a piada, mas o reinado do Roberto me cansa um pouco...).             Destaco algumas coisas como meu olhar para o artista que apresenta sua arte nas ruas, no cotidiano da vida de um artista de circo, seja ele de grande companhia ou de coletivo familiar (ambos de muita dureza), no chapéu que cruza nossos olhos ao final de cada apresentação, na disciplina e capricho ao construir um Projeto artístico, nos cuidados legais e de segurança física no envolvimento das pessoas, no depoimento de quem labuta "quase uma vida inteira" em meio a tudo isso. E muito mais...Querem saber muito mais sobre o Circo?? Perguntem...Não sei quase nada, mas aposto que conheço pessoas que possam nos ajudar a esclarecer um pouco mais nossas curiosidades. Afinal, devemos ser um "pouco de Sócrates"...ao reconhecer que sempre nos falta algum conhecimento.
      Tenho sim, uma mania de estudar, pesquisar e aprender...Conhecimento não ocupa espaço e "governantes" não determinam o que devo saber. Tirem as mãos dos meus livros, dos meus discos, da Arte, da Cultura, das Manifestações Populares, do meu lazer e da minha educação. Saia pra lá!!!
          Em texto produzido para homenagear um dos principais professores envolvidos no Curso, reuni algumas considerações novas sobre o Circo. Espia só...
A vida é dura. Devemos matar um leão por dia”. Ledo engano. O Circo nos mostra algo bem diferente. Não é preciso matar “nada e nem ninguém”, basta  buscar o equilíbrio na corda bamba, a ousadia nos malabares, a concentração nos arcos e o riso estampado no rosto do palhaço.

     Assim a leveza e o colorido da alma florescerá  todos os dias em nossas vidas.

O que tinha na legenda da camiseta??
Nas legendas as seguintes inscrições: "Circo é coisa séria!"  e "A arte e o riso tornam a vida mais leve"...To mentindo??

Forte abraço e até o próximo espetáculo...se Oxalá permitir. Tenho certeza que vai...

Edinho Silva - o Gestor circense e "o palhaço Beringela" para os mais chegados.

19 de jun. de 2019

O valor da arte ou seria o preço??


          Posentão...

           Por muito tempo engrossei o coro daqueles críticos aos valores cobrados por números artísticos, sejam estes em ambientes fechados ou ao ar livre. Pela originalidade e questões de espaços pré-determinados, geralmente a arte ao ar livre não prevê acomodações e nem bilheterias.
          Em ambientes fechados sempre há uma planilha de custos e um planejamento em relação ao evento/espetáculo. Segundo produtores especialistas no assunto e segundo consulta a um site especializado no assunto "...De um lado, o  público reclama do preço dos ingressos dos espetáculos de música. Do outro, os produtores  respondem e abrem suas caixinhas mágicas de cálculos, mostrando os custos envolvidos na estrutura da apresentação dos artistas nos palcos da cidade...".              Sinceramente, percebo que na maioria das vezes o público queixa-se dos valores cobrados em diferentes situações e contextos. Muitas vezes, segundo pesquisa: "As pessoas preferem sentar num bar e gastar R$ 100,00 em bebidas e comidas e não gastar R$20,00 no couvert artístico." O grande desafio seria desconstruir tudo isso. Seja, prestigiando com uma contribuição espontânea, pagando o ingresso (utilizando os descontos previstos em Lei) ou na hipótese mais simples, APLAUDINDO DE PÉ o artista e sua arte. 
           Talvez, muitos perguntem: "Tá, Edinho mas aplausos enchem a barriga de alguém??" Claro que não. Entretanto, tente ir além da crítica ou do preconceito em relação aos valores cobrados por companhias modestas que circulam pelas Cidades ou até mesmo ao show daquele artista de rua que apresentou um número de mágica, de malabares, pirofagia, música ou palhaçaria ao ar livre. Se o valor de R$5,00 é barato demais e por esta razão possa parecer que só o Circo ou o show que veio de fora com um ingresso bem caro é o melhor?? 
           Procure pensar na  possibilidade de identificar pessoas de seu convívio e andando pelas ruas e pague o ingresso para que ESTES ou ESTAS tenham a possibilidade de ter um primeiro contato com a arte e o artista.
          Quando seu filho, chegar em casa com um bilhete da escola pedindo a contribuição de R$5,00 ou R$10,00 para ir ao Circo numa sessão fechada e especial, "junte as moedas" e oportunize outras crianças a vibrarem e a sorrir com a oportunidade. Garanto que a despesa será muito menor do que uma tarde de jogos eletrônicos em qualquer shopping da Cidade.
           Experimente...a arte e o riso deixam a vida mais leve.

Edinho Silva - Gestor em artes circenses
            

Fonte: https://atarde.uol.com.br/muito/noticias/1802659-quanto-vale-o-show