24 de mar. de 2011

Ao pé do ouvido



Outro dia encontrei o Zeca do surdo em pleno mercado público, mais precisamente no bar Naval comendo bolo de carne, tomando cerveja e externando sua indignação contra a vaidade masculina. O cara tava doido da vida. Sentenciava: "Mermão, assim não dá!! Os mesmos que criticavam as argolas e os acessórios do Benito de Paula (o amigo Charlie Bronw) nos anos 70 e 80 hoje usam brincos nas duas orelhas". Nosso polêmico, sambista do Armazém não aceita o fato de homens da sua idade e alguns um pouco mais jovens tatuarem-se com bichinhos, dragõezinhos, expressões desconhecidas e outras novidades do mundo moderno. Durante a conversa com seu amigo Deoli José, o moço esbravejava socando a mesa. "Se sou convidado para um batizado de algum menino e levo um par de brincos, o papai fica ofendido. Mas se o adulto depois de velho tá usando, ora". Ressalta que não tem nada contra tatuadores e é ferrenho defensor da livre expressão, mas brincadeira tem hora. Nego véio de brinco, não. Só se for cigano.
Porque não usaram na  década de 60 ou 70?? Indaga ele. Além de corajosos, causariam um  impacto positivo. Mas o uso atual acaba sendo exagerado. Coisa de massa de manobra, "engradado de coca-cola". Tudo igual. O que um faz o outro copia.
Prometeu falar outro dia o que pensa sobre os críticos de coisas como o piano do Benito e sua relação com o samba, sobre a regravação de sucessos bregas com novas(?) roupagens, sobre comerciais de cerveja com gente famosa, enfim não perder a oportunidade de propor reflexões.
Este Zeca, é mesmo uma parada.

21 de mar. de 2011

Bons amigos


Quem é o de camisa branca? Não conhece? É o Xande de Pilares perguntando ao Roberto Nascimento, o cavaquinista virtuoso da Batucada do Armazém, qual o formato da roda de samba e como ELE poderia participar qualquer dia desses ou quando visitasse Porto Alegre(durante algum show do Revelação).
O interesse do Xande cresceu quando descobriu que os amigos do Armazém tocam Ivone Lara, Guilherme de Brito, Sereno, João Nogueira, Adaulto Magalha, entre outros nomes consagrados do samba brasileiro.
Com a larga experiência nas rodas de samba e partido alto, o Roberto como é conhecido Porto Alegre afora se junta semanalmente com o Volnei Neves, o Fábio Ananias, o Dédo Sete Cordas, o Gilmar Dornelles, o Edmilson Campos e convidados ilustres e manda aquele som verde amarelo.
Nas terças-feiras, o compromisso tem uma pegada internacional. A galera faz a função no Sierra Maestra, o bar cubano da Cidade Baixa que abre suas portas para o bom samba brasileiro da turma do Armazém do seu Brasil.
Aparece lá, o Roberto (cheio de Beija Flor na cuca, campeoníssimo do Carnaval carioca) e seus parceiros garantem uma noite de samba muito agradável.

Serviço:
SIERRA MAESTRA BAR
Rua Otávio Corrêa, 39
Cidade Baixa - Porto Alegre/RS
F: (51) 3022-5433/9173-2284
http://www.sierramaestra.com.br/     


investimento cultural: R$8,00 ´único)
das 20h à meia noite