25 de ago. de 2021

Resistir é preciso - Para encarar os tempos malucos que vivemos, as relações positivas de camaradagem são fundamentais

                                          Acervo pessoal do artista - imagem: Régis Verna 


        Posentão...

        Tempos difíceis para todos os brasileiros e brasileiras. Aliás, a Humanidade atravessa momentos de tensão e medos. Devemos estar atentos a todos os sinais de coisas positivas que circulam à nossa volta.

        As relações de amizade para serem duradouras necessitam trazer consigo boas doses de recomeço. Somos pessoais iguais?? Quem disse?? Temos opiniões divergentes sobre diferentes assuntos?? Muitas. Buscamos recomeçar a partir da troca de saberes e conhecimento?? A todo instante. E desconfio até que este, talvez seja o grande desafio.

        Por que não aprender com o outro?? Por que não ensinar?? A mais respeitar o contraditório ou o contrário é fundamental. Depende. Se a opinião de quem caminha por perto, não for embasada na razão ou em critérios que valorizem o bom senso e coerência, pode beirar, simplesmente, a insanidade.

        Explica melhor..."Recusarei aceitar teu argumento, se identificarmos fragilidade, mesmo que lutes pelo respeito à opinião". Se afrontar regras básicas de tolerância e convívio, não há razão. Ficará muito fácil ser identificado com alguma trairagem, como diz o samba do meu amigo Carlinhos Presidente.

       Ah..propósito...estaremos juntos, EU e o Carlinhos Presidente, no Programa Comando Total, apresentado pelo comunicador Mauro Sérgio, no próximo sábado, das 10h as 12h45min, na www.radioestacaoweb.com   

        Estamos esperando os amigos e amigas...Acessa lá e compartilha pra geral.

                        Forte abraço

                                    Edinho Silva



 

23 de ago. de 2021

EU também sou Vila Brasil....\0/\0/\0/\0/\0/ desde pequeno, assim como a Lúcia

 

                                         Acervo da familia Vila Maria/Santa Maria/RS


        Posentão...

        Cada vez que lembro da minha querida,, amada e inesquecível Deborah Rosa sinto uma mistura de saudade, dor e tristeza por ter interrompido uma caminhada que seria possível na companhia dela, do Luciano Santos e da Angelica Silva.

        Uma destas coisas seria conhecer de perto a familia da Cassiana e a da "Vila Brasil" - a escola de samba de Santa Maria. Infelizmente, não deu tempo. A vida foi dura conosco. No mesmo momento que participávamos, EU, Cassiana, seu irmão Serginho de um grupo de sambistas, carnavalescos e simpatizantes de diferentes lugares do Brasil a tal fatalidade nos abateu.

        Na ocasião, a Cassiana (lado esquerdo da foto) pensou em afastar-se do grupo, pois entendia que sem a "Debinha" não teria mais sentido a participação dos gaúchos no Coletivo Cultural. Divergindo da opinião dela, relembrei que poderíamos representar a "nossa queridona" naquele espaço de troca de saberes. Ela topou a idéia e falou de todo o trabalho de pesquisa e de fortalecimento que sua familia e seus amigos faziam na conta da "Vila Brasil" e de tudo que a festa popular pudesse assegurar.

        Agora, visualizo uma imagem, ao lado da familia, devidamente uniformizada, que registra beleza, força e resistencia na conta e na  DEFESA DA CULTURA POPULAR.

        Que a pequena Lúcia, filha da Cassiana Marques e do gremista Luciano Almeida, seja ao junto a outros herdeiros e herdeiras as SEMENTES do futuro da Vila Brasil - a vermelho e branco de Santa Maria.

        Um dia EU desembarco por aí...tenham certeza. Forte abraço a todos e todas e VIVA A CULTURA POPULAR e todas as coisas promovidas a partir dela.

                Edinho Silva   


E o Carnaval de Porto Alegre, chora um pouco mais...Segue em paz, inesquecível Jajá

 

                                               Imagem do acervo do Zé do Pandeiro(músico, ativista da Cultura do RS


        Posentão...

        O Porto Alegre, a cada dia menos sorridente, por todos os momentos  tristes que atravessa em diferentes áreas perdeu um pouco de sua graça na conta do Carnaval e da Cultura Popular.

        No último domingo, 22 de agosto de 2021, faleceu pela manhã domingo o intérprete e compositor Paulo da Silva Dias, popularmente conhecido como o "Jajá". Conhecido como um dos grandes nomes da história do Carnaval de Porto Alegre, percorreu e apresentou memoráveis atuações em entidades carnavalescas locais: Acadêmicos da Orgia, Império da Zona Norte, Filhos da Candinha, Academia de Samba Praiana e Bambas da Orgia. 

        Minhas lembranças pessoais remetem aos tempos do microfone da "verde e rosa", Praiana, na quadra da Padre Cacique e nos Bambas da Orgia, sua escola de samba do coração. Em 1985, Jajá e a Praiana homenagearam o poeta Mário Quintana com seu enredo "Meu Jubileu saúda Quintana". Uma década depois, em 1995, foi com o microfone "azul e branco" dos Bambas da Orgia que o sambista desfilou na avenida com seu canto e uma verdadeira aula sobre batuque, tema enredo, daquele ano. A tal "Festa de batuque" chegou de forma tão impactante nas pessoas, que é muito normal carnavalescos de outras escolas cantarem o samba enredo.

        Aos meus e minhas amigas carnavalescas mais próximas sempre confidenciei que algumas vozes ficaram inesquecíveis aos meus ouvidos curiosos pelo tema. A "lady" Maria Helena Montier que cantava nos Imperadores, da Carlos Barbosa. O Carlos Medina e o Porto Alegre, nos tempos de Força e Luz e tantos outros que aplaudi. Os irmãos Paulão e Paulinho da Tinga. O Sandro Ferraz e o Everton Rataeski, da nova geração.

        Quase esqueci de mencionar, a passagem do Jajá, empunhando o microfone da Tribo "Os Comanches". Na imagem acima, do acervo pessoal do Zé Evandro do pandeiro, o Paulo Dias(Jajá) segurando sua bengala aparece ao lado do também músico inesquecível Giba giba e outro amigo no Festival PercPOA, realizado em Porto Alegre.

        Que possamos guardar na memória sua voz forte e empolgante, saudando o orixá Bará...."Alupo, alupo..." que os céus se abram com muita luz para te recompensar as alegrias que proporcionaste por aqui.

        "Moço...toca o balanço...toca o balanço, se não EU NÃO DANÇO"...e a massa vinha abaixo na casa verde e rosa.

        Eu e mais uma turma, estamos bem tristes !

            Edinho Silva