"Sarau do Armazém" - Sambando e conversando sobre Ivone Lara e Aldir Blanc em Julho

Acervos dos sambistas: Guaira Soares e Dedo Pereira

        Posentão...

    Tem um amigo que costuma dizer que se as "fofocas" espalham-se e muitas vezes causam constrangimentos, imaginem noticias sobre COISAS BACANAS ao vento? A margem de erro é muito menor. Então irei espalhar...

        Ainda sem data definida, ainda em fase de elaboração e produção do evento, em julho/2022, com todos os cuidados recomendados e as precauções necessárias estaremos realizando o primeiro Sarau do Armazém, depois destes tempos malucos que vivemos.

        Mas qual o formato da ação, a proposta musical e outros detalhes do Sarau do Armazém? Como em edições passadas buscaremos promover uma roda de conversa com música ao vivo. Quem animará nossa noite será a voz da Guaíra Soares, intérprete, compositora, cantora, artista de "grife" e uma das mais novas parceiras do Armazém. Quem toca? O violão sete cordas do Dedo Pereira, ou Rogério Pereira (como preferirem...), o maestro do Armazém e fiel parceiro de todas as "invencionices" do Edinho Silva. Eu posso até não comparecer, mas ELE e seu pinho estarão nos representando. Tenho a maior honra em "caminhar ao lado deste artista".

        "Tá Edinho, mas a sambista cantará seu qualificado repertório autoral?" Não. Todos nós, por breves momentos, iremos conversar, cantar e prosear sobre a obra de Aldir Blanc e Ivone Lara. É pouco?? Putz...teremos pouco tempo, para compartilharmos duas potentes biografias da Música Brasileira. O médico psiquiatra, parceiro de João Bosco e de tantos outros tem uma rica história em termos de música brasileira. Infelizmente, não popular (Explico depois...no Sarau o que penso sobre isso??). E a outra? A enfermeira e assistente social, primeira mulher a integrar uma Ala de compositores de uma Escola de Samba. Conversar sobre as coisas da Dona Ivone Lara anima qualquer grupo de pessoas.

        Então...nos próximos dias estaremos divulgando mais informações sobre o "evento". Ou seria invento, conversar sobre DOIS ICONES da Música do Brasil.

"Cola nimim" e vai te preparando para momentos inesquecíveis na companhia da turma do Armazém.

            Não tenho dúvidas de que será inesquecível....Vamos??

   

                    Edinho Silva e turma do Armazém do seu Brasil

                               
 

"Sexta feira santa" sem carne bovina - Aliás, sem carne nenhuma...

                                                                   Imagem meramente ilustrativa

        Posentão...

        Esta entra na conta do Zeca do Surdo que nos ofereceu um relato de um colega "de caserna" enquanto esteve na ativa.

        Era semana de preparativos das comilanças da Páscoa. O almoço na casa dos pais do Cidão era aquelas festas de familia onde muita gente se reuni. Vinhos, frutos do mar, sobremesas, "Ninhos e chocolates" escondidos, crianças felizes, muita animação e tudo de bom que encontros de familia podem promover.

        O local escolhido para o "almoço festivo" foi a casa do seu Juvencio, o sogro do Cidão. Pátio amplo, vegetação, geladeiras para guarda de "lotes de bebidas", coisas afins. Combinaram de cada uma das familias trazer um prato para o encontro transformar-se em evento cooperativado e assim todos gastam menos.

        O Cidão, sempre "ousado", sugeriu à turma um rateio para a compra de uma peça de salmão para testar uma receita nova de peixe assado em folhas de bananeira e enterrado em fogo de chão. Segundo ELE, o resultado seria um prato delicioso.

        Os cunhados do Cidão, o exigente Claudinho e o Teixeira, reconhecido por seu rigor em relação aos cuidados com alimentação e aplicação do dinheiro alheio, estavam temerosos com a iniciativa do "Master chef" de youtube. Dona Célia, mãe dos moços, esposa do vô Juvencio, tomou a frente e assumiu a defesa da iniciativa do Cidão. Arrecadariam o dinheiro de todos e o cozinheiro iria ao Mercado Público comprar o peixe, providenciar as lenhas, as folhas de bananeira, fazer o buraco para o fogo. A missão era toda dele. Assim combinaram.

        Depois de algum tempo, o Cidão chegou com a "bonita peça de salmão". Aliás, bela e cara peça de peixe. Ultrapassou as estimativas de gastos da turma. Mas como a vovó Célia estava de acordo, tudo certo.

        O Chef foi para o fundo do pátio de pá em punho e cavou uma profunda cova. Acomodou as lenhas e ateou fogo. Temperou o salmão, enrolando num papel de alumínio e nas folhas de bananeiras, posicionou em meio às brasas, colocou mais lenha e ficou aguardando a carne assar.

        Abriu a primeira garrafa de vinho, serviu numa taça e ficou ao redor do fogo. Zeloso e atento. Os demais parceiros estavam diante da televisão acompanhando uma rodada do Campeonato Espanhol. A vida da primeira garrafa foi curta. Abriu a segunda e colocou mais lenha no fogo do peixe.

        Ao começar abrir a terceira, a turma do futebol se juntou para conferir o trabalho do Cidão e ajudá-lo a levar o "quitute" à mesa. A ação de afastar brasas ardentes é muito dura e com alguma dificuldade foi possível alcançar as folhas de bananeira e, consequentemente o "salmão", temperado com especiaria e muito limão siciliano. 

        Pra surpresa geral, quando o peixe foi avistado: UM CHOQUE. A bela e cara peça tinha se transformado num pedaço de fruto do mar, tostada pela ação exagerada que o volume de lenhas provocou no assado do Cidão. Não foi possível aproveitar nada.

        O cunhado Claudinho, esbravejava e reivindicava seu dinheiro de volta. O outro, Teixeira, estava preocupado com o almoço. A sogra e mãe dona Célia, apaziguadora, tentava acalmar os animos dizendo que as filhas "apelariam para algumas latas" de sardinha, em harmonia com as saladas e a refeição estaria salva. O sogro, seu Juvencio, ficou mudo num canto. Confessou a uma de suas netas "seu tio Cidão, exagerou na dose...seu EU participar da discussão, darei umas pauladas e colocá-lo a correr daqui...Se dependesse da minha opinião, nem almoçava".

        E o assador e "master chef" o que dizia?? Pouca coisa. Entre estas: "Eu sabia que não poderia misturar vinho chileno com nacional...poderia dar problemas!!!" Eu e o Zeca do Surdo, temos uma certeza: Três garrafas de qualquer nacionalidade amolecem as pernas de qualquer um.       

          E o "Sangue de boi" é que levou a culpa....rsrsrsrsrsrs

 

Tá pintando na área mais uma colaboradora de grife no Armazém...Indaiá Dillenburg. Conhecem? Recomendo...

                                                                        Acervo pessoal da jornalista
 

        Posentão...

        Uma das características do Armazém do seu Brasil em meio a tantas anunciadas e idealizadas é um constante compartilhamento de saberes, energias, boas vibrações, vivências e aprendizados diversos. Espaço de convivio de seres humanos diferentes "nos pensares e ideologias", mas carregado de potência por acreditar que é muito possível conviver com divergências cotidianas, apostando num crescimento futuro através de reflexões e ressignificados. Simples? Talvez, não. Mas repleto de desafios...

        Tenho o prazer de anunciar o retorno aos espaços do Armazém, no blog e no programa de rádio dominical de todos os domingos, da Indaiá Dillenburg, reconhecida jornalista de Porto Alegre, escritora, poetisa, assessora de imprensa, produtora cultural e sei mais lá o que?

        Como de costume a todos, todas e todes colaboradores que cruzam nossos caminhos no Armazém suas pautas serão livres. A Indaiá prometeu percorrer caminhos que conectam temas como Negritude, Literatura, Arte, Música, Gente, Combate à toda e qualquer discriminação e muita coisa bacana.

        Então...Recomendo acompanhar a "contribuição da moça". O conteúdo é de grife...tenho certeza!

        Venha...parafraseando Lupi Rodrigues "...Pode entrar, a casa é sua..."

                        Edinho Silva   

"Espaço Brava" - um pedaço do Mar em seus momentos de prazer no Quarto Distrito

 

                                                                                       Acervo pessoal do BRAVA
    

        Posentão...

        Os espaços de lazer e entretenimento em Porto Alegre estão ganhando novas formas nos últimos tempos. O bairro, próximo ao Centro, conhecido como 4 Distrito que, acolheu em outros tempos muitas fábricas e pontos de trabalho recebe bares, pizzarias, choperias, bistrôs, música, arte, drinques, gente animada e muita coisa legal.

        Era só isso que EU tinha para anunciar?? Não. Queria compartilhar com meus amigos e minhas amigas o prazer de "VIBRAR" e celebrar com o novo espaço idealizado e planejado para os próximos dias. O Espaço Brava - espaço temático que remeterá suas e seus clientes para um universo de energias boas que remetam ao litoral catarinense e tudo que as melhores lembranças do Mar poderá ofertar.

        A "queridona" Karol Venturela, empenhadíssima "na função, garante muita vibe positiva e boas surpresas. Particularmente, to começando a desconfiar que o "Quarto Distrito" não será mais o mesmo.

        Já estou preparando a parafina da minha long.... 

        Bora conferir a novidade...em breve, maiores detalhes sobre o espaço \0/\0\/\0\/\0\/\0\/

Test drive de churrasqueira? Sempre bom...

                                            imagem meramente ilustrativa - ahahahahahahaha

        Posentão...

        Quem nunca numa hora de improviso não recorreu para o "bom latão" para assar uma carne?  Tal ação foi protagonizada pelo Carlão, que em viagem à sua terra Natal encontrou para assar o churrascão da familia. O Zeca do surdo que nos contou a história do amigo.

        Depois de algum tempo e muita negociação com a familia (dona patroa, filhos, sogros e alguns agregados) foi possível mobilizar a turma para a curta viagem de férias. O destino era a cidade de Bagé, conhecida internacionalmente como a terra do Churrasco. A cidade gaúcha de Nova Bréscia forma o maior número de assadores espalhados pelo Mundo, porém a "rainha da fronteira" já entrou para os registros internacionais de "carne assada".

        A proposta do Carlão ao seu Ari, seu sogro, seria hospedarem-se numa casa no campo, assim as crianças poderiam aproveitar bastante e ELE, Carlão, difundir suas lidas campeiras. A Isolda, sua mulher, nunca ouviu histórias de seu passado de homem do campo...mas, numa não iria contrariar seu marido. Principalmente, nas presenças de seu irmão e da cunhada. Os "chatinhos da familia".

        As férias seriam curtas, apenas 5 dias, mas suficiente para cavalgar, fazer trilhas, curtir um fogo de chão e algumas carnes assadas. O sogro e o cunhado cuidariam das bebidas e o Carlão da compra da carne e de toda a preparação. O mocinho conhecia um açougue bacana perto do Centro da Cidade. Na verdade, o "exibido" queria passear na camionete do sogro.

        A noite, reuniram-se ao redor do fogo, depois de uma rápida discussão sobre onde fariam o tão aguardado e "caro churrasco". Sim, a cidade Mundial do Churrasco é também conhecida pelo alto preço do corte bovino. O Vandeco, o cunhado, sugeriu que a carne fosse assada num fogo de chão buscando as origens campeiras. O Carlão insistia no uso do "latão", que estava velhinho, mas suportaria a função.

        Na queda de braço, ganhou o Carlão. O braseiro feito à base de lenhas e a chama ardente nas alturas, tudo transcorria bem, até que, uma surpresa abalou a noite campeira. Num descuido do assador quando preparou a churrasqueira improvisada, não percebeu buracos no fundo da lata grande. Com o calor das brasas que vinham da madeiras e toras queimadas, a parte de baixo da churrasqueira foi cedendo.

        Enquanto o assador ia de um lado a outro, com o copo de caipirinha, foi relaxando em relação ao churrasco. Resultado da distração?? A parte de baixo da churrasqueira abriu-se e os espetos cairam no meio das brasas. Pouca coisa pode ser salva para a janta. E o churrasco? Ou o carreteiro do que sobrou??  Noite trágica para o lado do Carlão. 

        Depois de ter gasto um bom dinheiro na compra da carne, vacilou na preparação. E as férias curtas? Foram abreviadas em 2 dias. E os quase 400 Km transformaram-se num inferno zodiacal do moço.