27 de ago. de 2015

De perto ninguém é normal...né, Paty Venturela??




              Hoje pela manhã quando rumava para minhas aulas ouvia no rádio um depoimento emocionado do renomado jornalista Ricardo Boechart sobre seu afastamento dos microfones da Band FM nos últimos dias. O relato era emocionado e tratava de um problema pessoal de grandes proporções: a razão de seu afastamento temporário.  
               Em meio a inúmeros agradecimentos do carinho dos ouvintes, o comunicador e jornalista comentava detalhadamente o surto depressivo agudo que o derrubou nas últimas semanas. "Pois bem, queridos amigos, minutos antes de começar o programa de rádio da quarta-feira retrasada eu simplesmente sofri um colapso, um apagão aqui no estúdio. Nada na minha cabeça fazia sentido. Nenhum texto era compreensível. Os pensamentos não fechavam e uma pressão insuportável dava a nítida sensação de que o peito ia explodir. Fiquei completamente desnorteado e achei melhor me refugiar no meu camarim esperar socorro médico..." Com a chegada de sua mulher, que o conduziu ao médico, onde o jornalista descreveu seus sintomas e recebeu como diagnóstico preliminar que apontou estar sofrendo uma depressão. Os sintomas clássicos do surto depressivo como o seu estado de pânico, insegurança e balbúrdia mental  também reforçavam a tese médica. Há muito tempo a Organização Mundial de Saúde já vem alertando com números assustadores o crescimento de uma doença moderna que apavora. Segundo Ricardo Boechart, "... Quem cai num quadro desses perde qualquer condição de continuar ativo, de pensar as coisas mais simples. A pessoa morre ficando viva...". Complementa seu comentário com a leitura de um texto sobre transtorno depressivo maior que diz o seguinte: "...A depressão é uma aflição tão severa que restringe a capacidade de uma pessoa funcionar plenamente, um abismo mental tão profundo que ninguém pode achar que vai se safar apenas endireitando os ombros ou pensando coisas positivas..." completa falando "...A depressão não escolhe vítimas por seu grau de instrução ou situação econômica. Castiga sem piedade e da mesma forma pobres e ricos, anônimos e famosos. Os médicos que estão me tratando disseram que eu estiquei a corda demais, que fiz mais coisas do que deveria fazer e em menos tempo do que seria razoável..." Momentos corajosos de desabafo e alerta do comunicador.
             Considerando que todas as pessoas do mundo mereceriam um copo de água e um prato de alimento, um abraço, um sorriso e algumas horas de terapia independente de sua classe social, raça ou credo, etnia, sexo ou paixão clubística aproveito para homenagear no dia de hoje - Dia do Psicólogo, minha mulher Patrícia Venturela, por todo seu envolvimento e aplicação nos estudos sobre o tema, na generosidade de compartilhar conhecimentos, no acolhimento aos necessitados, na percepção e sensibilidade ao lidar com problemas alheios.
              Parafraseando o Caetano Veloso que afirmou que "de perto ninguém é normal", ratifico que, de longe ou de qualquer distancia, considerando teu auto conhecimento e tua ânsia em buscar aprender TODOS OS DIAS as variações sobre o comportamento e a psiquê humana AFIRMO com tranquilidade. És uma baita psicóloga!! Aprendes bem direitinho as coisas do ROGERS, do Freud, do Skinner, Lacan, Jung, Melanie Klein e tantos outros.
Tenho dito!!!
 
Beijão
Edinho Silva 
 

Fonte: 
http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000768451/boechat-tive-um-surto-depressivo-agudo.html
 http://www.minutopsicologia.com.br/postagens/2015/05/08/colecao-apresenta-vida-e-obra-de-quatro-grandes-nomes-da-psicologia/