15 de jan. de 2015

Vanessa Futsal 7 - A dona da bola - um pouco mais de Aracaju


              Enquanto assistia, na agradável companhia do professor Queiroga - presidente da FUGE, uma cerimônia de premiação da modalidade de futsal feminino dos 62 JUBS, em Aracaju fui apresentado à Vanessinha - a rainha brasileira do futsal feminino. Pois, a "Vanessa FUTSAL 7" como gosta de ser chamada foi acolhedora, humilde e simpática ao trocar algumas palavras conosco.
          Ao representar a delegação catarinense no evento Universitário falava conosco sobre as evoluções do futsal a nível de Brasil e as atenções que eram anunciadas pela CBFS para o ano que chegava ao fim. As expectativas eram boas. Competições nacionais e certames internacionais e tal. Falamos sobre seus títulos individuais - foi considerada a melhor jogadora de futsal do mundo nos anos de 2010, 2011 e 2012. É mole?? Humildemente, justificava que os títulos deveriam ser ao coletivo de atletas e achava ser injusto individualizar tais homenagens. PARTICULARMENTE, depois que a vi jogar não tenho dúvida nenhuma. JOGA MUITO a mocinha!!!
              Quando retornei à Porto Alegre fui buscar mais informações da atleta, afinal minha afinidade com o esporte me motivou bastante. Fui surpreendido com uma nota nas redes sociais, assinada pela atleta: "
Ontem recebi uma ligação do presidente da CBFS para uma reunião aqui em São Paulo...como representante das atletas viria para o encontro com a participação representante do Ministério do Esporte...".  Vim com o pensamento positivo, de mudanças e coisas boas. Saio decepcionada, saio de mãos abanando. A informação era de que os recursos para as passagens aéreas deveriam ser custeadas ou pelo Ministério ou pela equipe. Pode?? A Seleção Feminina Brasileira de Futsal não corria o risco de não participar da Competição Mundial da modalidade por não ter como viajar. As taxas de participação, hospedagem e alimentação já haviam sido garantidas através de doações de simpatizantes, atletas da equipe masculina (alguns atletas próximos aos jogadores Vander e Falcão encabeçaram listas de doadores)  e torcedores em geral numa campanha pública de arrecadação colaboraram significativamente para as outras despesas.
Como pesquisador, acadêmico e fã de esportes como o Futsal, além de ser um crítico atento às coisas que envolvem os esportes amadores no Brasil fico estarrecido quando atletas do nível técnico da Vanessa e suas companheiras de equipe necessitam "passar o chapéu" literalmente enquanto poderiam estar aperfeiçoando-se e difundindo ainda mais o futsal entre as mulheres.
Coisa triste!!!

Edinho Silva