25 de jul. de 2014

Adriano Trindade - cidadão do mundo, com um Brasil vibrante em seu coração e na alma

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O inquieto músico, compositor, instrumentista, viajante Adriano Trindade há dois anos sonhava em receber amigos músicos e simpatizantes de boa MPB num espaço elegante, de bom gosto e de fácil acesso. E assim aconteceu...
Num mistura elegante de generos e estilos o moço já reuniu regueiro com roqueiro, sambista com nativista, intérprete de bossa nova com compositor de forró, cantor famoso com compositor anônimo, compositora consagrada com músico desconhecido. Enfim, coisas do Brasil...Mistura, ousadia, versatilidade e arte.
Parabéns, Adriano Trindade. Reserva uma cadeira na primeira fila que serei mais um dos muitos a aplaudir teus ilustres convidados na comemoração do segundo aniversário do Sarau dos Artistas.
Edinho Silva  

 24ª Edição do Sarau dos Artistas - Edição de Aniversário - 2 anos

04/08/2014
19 horas
FNAC BarraShopping Sul

21 de jul. de 2014

Um pouco de Sócrates, em tempos de Dunga




Pra matar a saudade das postagens no BATICUMBUM (blog de Carnaval da jornalista Alice Mendes). Postado em sexta-feira, 11 de outubro de 2013.
Confere aí....


Descendo da arquibancada...para propor um pouco de filosofia a meus leitores, amigos e parceiros do Baticumbum.

Pois então, quando ouvi pela primeira vez a expressão "Só sei que nada sei", frase atribuida a Sócrates, o filósofo grego, nascido em Atenas, provavelmente no ano de 470 aC, considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios e inteligentes, achei um certo exagero. Ora bolas, como encarar a vida assim. Se estudei, segui orientações, agi com disciplina, fui testado com experimentações e situações que antes não dominava e acabei me saindo bem, depois de algum empenho. Como explica-se não saber nada então??

Simples. Não sabia mesmo. Depois de percorrrer os mais diferentes ensaios de Carnaval e quadras da Cidade. Ouvir o Dodô cantar os sambas nos Acadêmicos, me embalar com a empolgação do Jajá (suas máscaras e assemelhados na Praiana), as manifestações alegres e descompromissadas das tribos de Porto Alegre (os Tapuias, Comanches, Guaianazes, Navajos) e apreciar os movimentos no Força e Luz, com os Bambas, os Imperadores vibrando com o Povo meu um belo dia, cercado por cervejas geladas e um animado papo com amigos intimamente ligados ao Carnaval resolvi "dar um pitaco" sobre Carnaval, os resultados e atuação dos jurados (julgadores).

Muitos dos presentes não sabiam da minha relação de amizade com muitas pessoas do meio, portanto, ficaram, na ótica deles, liberados para "sentar o pé e descer a lenha". As expressões eram as mais contundentes - "Como tu te atreve a comentar sobre um assunto que não dominas ou não te pertence??". Sabem por que? Na oportunidade, afirmei que, para atribuir notas máximas para todas as escolas não precisava qualificação nem, tempouco, trazer julgadores de fora. Em 2004, decidi silenciosamente procurar a AECPARS e me matricular num curso de julgadores de Carnaval. Baita negócio. Conheci Maestro Motta, tive aulas com Deoclécio de Souza, noções inesquecíveis sobre os destaques com o Zé Cartola, o Roberto falando sobre regulamentos e pude ainda reencontrar meu amigo pessoal Claudinho Macedo, na época compositor de sambas enredos ao lado do Arilson Trindade. As aulas foram muito produtivas e pude observar o Carnaval e a cultura popular de uma outra forma.

O que pretendo ao propor um filósofo básico em nossas reflexões sobre Carnaval e Cultura popular? Simples. Além da emoção das batucadas, da beleza das fantasias, da proposta de agregar pessoas com interesses comuns é extremamente necessário que nos aproximemos de toda a ação proposta para aprendizado. Em Porto Alegre, existem grupos organizados que compartilham conhecimentos com todo o público interessado.

O CETE, por exemplo é uma boa proposta de troca de vivências. Há algum tempo atrás, o estudioso e carnavalesco por paixão, Álvaro Machado, propos uma qualificação de altíssimo nível formando gestores de Carnaval. Fácil tudo isso?? Não nada fácil, porém fundamental para uma melhor compreensão de tudo que cerca o tema, afinal se desejamos que as decisões, as representações e os conhecimentos tenham suas cadeiras trocadas, ou num legítimo processo de alternância com todas as novas entidades que nascem diariamente é fundamental buscar o CONHECIMENTO.

Através da ginga e do tambor o carnvalesco busca sua alegria e prazer. E o filósofo?? Em seus pensamentos, demonstra uma necessidade grande de levar o conhecimento para todas as pessoas para uma melhor compreensão da vida, sobre as coisas do o mundo e do ser humano. E parafraseando o moço do início do texto: "Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância". E volta para arquibancada, na companhia de Sócrates.

Abraços a todos, boa leitura, curtam o armazemdoseubrasil.blogspot.com (ano III) e ouçam o programa na www.radioestacaoweb.com , todos os domingos, das 13h às 15h.

Edinho Silva - do Baticumbum para o mundo...

Juliano Barcellos - um moço de alto e Puro Asthral


Quando nasceu, em 25 de julho de 1984. o garoto Juliano Barcellos Costa recebeu uma homenagem ao vivo num programa de rádio em Porto Alegre. Seu tio, o saudoso Carlos Alberto Barcelos Roxo, anunciava no microfone que chegara na área do samba um guri que daria muito o que falar. Não errou. O tiozão, jornalista, músico, cantor, mestre de bateria e radialista não enganara-se. O cara tinha mesmo "genética de arte, música e cultura popular" nas veias. Seu avô paterno, Nadir Costa,  também era músico. Tocava piston, trombone e outros instrumentos de sopro nos clubes de Bagé.  
Infelizmente, não o conheci, mas devia agitar os Zíngaros o avô do Juliano. Segundo sua mãe, Vera Daisy, enquanto muitos bebês brincavam com brinquedos de borracha o moço costumava bater nos móveis com pedaços de pau simulando batucadas. O menino já tinha ritmo, inclusive. Na medida que ia crescendo os pedidos de presentes de Natal também variavam. Na lista, enquanto os amigos pediam bolas e carrinhos, Juliano pedia instrumentos musicais (violão, tamborim, teclado, tarol, tambor, entre outros). 
Na adolescência, os discos de vinil do paizão Ricardo (João Nogueira, Cartola, Jamelão, Candeia, Bezerra da Silva, Tim Maia, etc.) eram manuseados com muito gosto por Juliano. Ouvia tudo de samba e MPB. Dormia e acordava cantando. Aliás, até os dias de hoje acontece. Um pouco mais tarde descobriu o "surdo", instrumento percussivo que o habilitou a ingressar no Carnaval, como ritmista e como ensaiador auxiliar de bateria. E assim o moço, aproximou-se de sambas clássicos (dos anos 60, 70 e 80) populares e enredos. Em pouco tempo o Carnaval chegou na vida do moço. Participou de Concurso  para a escolha do samba-enredo da Academia de Samba Praiana, de Porto Alegre, e depois para a Bambas da Alegria, de Uruguaiana. Não venceu, mas saiu motivado para novas criações. Hoje seu vínculo afina-se com a Verde rosa, Praiana e a tricolor da COHAB Santa Rita de Guaíba. Mantém também um trabalho à frente do grupo de samba Puro Asthral, desde 2010, onde estabelecem um trabalho de pesquisa e resgate a todos clássicos de samba que encantaram o Brasil de todos os tempos.  
Em meio a tanta batucada, ainda sobra disposição e interesse pelo profissional e pelo social. Isto ocorre a partir de sua qualificação acadêmica na área da educação física. Educador físico e ex-jogador de basquete, dedicou parte de seu tempo a ministrar aulas para crianças, adolescentes e jovens numa comunidade de grande vulnerabilidade social da capital gaúcha, a Vila Cruzeiro do Sul. Atualmente, desenvolve atividades culturais, de arte, esporte e cidadania junto a adolescentes de uma escola da rede municipal no Morro dos Alpes.
E assim, apresento uma pequena síntese da trajetória de mais um amigo do Armazém do seu Brasil. Juliano Barcellos - o moço de alto e Puro Asthral.
Edinho Silva