14 de set. de 2011

Comigo não tem enrolação. É Preto no branco. Né mesmo, Fábio Santiago???

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      Era uma turma de alunos ecléticos apaixonados por rádio num curso de radiodifusão oriundos de diferentes segmentos: jornalistas, estudantes, publicitários, policiais civis, famosos, anônimos, pretos, brancos, mulatos, loiros, jovens senhoras, elegantes donzelas, militares, enfim, gente de todos os grupos.
    A galera era estimulada pelo professor a participava com vontade  das aulas. Numa destas intervenções surgiu uma que, chamou minha atenção. Um sujeito de cabelo loiro, bermuda de surfista, chapéu de malandro da Lapa, tênis da moda, uma fala mansa e falando de samba chamou minha atenção. Falava de Elton Medeiros, Arlindo Cruz, Nelson Sargento, Ivone Lara, Cartola, Noel, Paulinho da Viola e todos os sambistas imaginados.
         Era muito samba de qualidade vindo de um sujeito com um perfil de regueiro. Cheguei a comentar com um outro colega: "Putz, o loiro ali tá cheio de onda. Não manja nada, memorizou uma dúzia de nomes do samba na internet e veio fazer estilo" - sentenciava, eu, repleto de conceitos pré-concebidos pela forma de vestir do cara. Em alguns intervalos das aulas chegamos a conversar sobre samba. Mas honestamente não apostava muito no conhecimento do cara.
          Num domingo ensolarado, passeava com a família próximo à Usina do Gasômetro quando ouvi um sons de cavaco, pandeiro, surdo, violões que vinham de uma grande roda de samba situada no meio da rua. Literalmente. O samba era da melhor qualidade e o local irradiava uma energia inexplicável. Ao nos aproximar, percebi que o cantor e cavaquinista era o "alemão das aulas de rádio". Educadamente, depois de tocar mais uns 2 ou 3 sambas, transferiu o cavaco para outro parceiro e aproximou-se. Após as apresentações e cumprimentos a conversa fluía mais leve. Neste momento, o sambista loiro de calos nos dedos, cheio de simpatia e ginga, falava sobre sua rotina dominical e toda sua afinidade com o mundo do samba local e pesquisa das fontes mais ricas da poesia popular dos morros, terreiros e asfalto. Descobrimos  juntos muitos amigos comuns de batucadas.
             E assim fui gradativamente acompanhando os acordes, os sonhos, sua evolução e ousadia, até chegar na concretização de um sonho. Será que disse tudo?? Não sei, comigo é PRETO NO BRANCO. Né mesmo, Fábio Santiago???

Por Edinho Silva

Bola na direção errada


          O nego Chumbinho andava de olho "torto" para cima da colega de trabalho a mulata Polyka, secretária da diretoria da empresa. Sujeito querido e bem informado, pois sabia onde rolava as melhores noites da Cidade. Numa acalorada sexta-feira, reuniu os mais próximos (os amigos fiéis e as colegas bonitas, entre elas a Polyka) para fazer uma NOITE. Bebericar num boteco, comer alguns petiscos, beber umas geladas, ouvir uma música, jogar um boliche, beber mais um pouco e depois só Deus sabe onde iriam parar.
           O grupo de amigos, na companhia de bolinhos, fritas e frios variados, bebeu muito chopp e muita caipirosca de frutas. Aliás, muita bebida mesmo. O Chumbinho liderava o time, pois só partia com gosto para cima dos destilados.
         A noite avançou e a turma foi dividindo-se, alguns foram embora, outros permaneceram no boteco e dois casais (Chumbinho, Nelsão, Renata e a Polyka) rumaram para o boliche. Calçados apropriados, espaço reservado, ELAS falantes e afinadas e ELES ligeiramente altinhos de álcool. O Chumbinho, todo faceiro, parecia um "pavão" de tão exibido queria destacar-se no jogo para impressionar a colega. E depois, quem sabe, esticar a noite??
           Na sua vez de arremessar a bola, o Chumbinho distanciou as pernas, esticou o braço, mirou e ensaiou o movimento de arremesso. Tomou uma pequena distância para lançar a grande bola na direção dos pinos. E deu um berro..."Lá vai, a bola". A força foi tanta, assim como seu estado etílico, que o moço errou a direção do arremesso. Ao contrário, do que havia imaginado, a bola saiu na direção oposta, caindo sobre a mesa de vidro que estava próxima com outras pessoas. Era garrafa de whiski, vinho importado, copos e taças da mesa alheia em pedaços.
           Envergonhada, a bela Polyka, disse aos amigos que iria ao banheiro enquanto era resolvido o impasse e a autoria do acidente(?) junto ao garçom. Entre vidros e explicações a moça não foi mais vista naquela noite no boliche. O Zé Prettin me contou que o tal Chumbinho ficou com trauma de bolas. Nem de gude joga mais com seus sobrinhos e afilhados nos almoços de familia.  

"Voce escolhe onde a gente vai"




"Do outro lado do mar fica Zimbabwe...Zimbabwe!!" ...Esta expressão ficou positivamente martelando 5 dias na minha cabeça. Atendendo a um chamado do meu amigo Turi Silva, na quinta-feira da semana passada, convidei minha "cara metade" e alguns casais próximos para conferir o swing de mesa do MACONDOS Bar, reencontrar amigos, tomar uma ceva gelada. Na chegada ouvimos, direto das caixas de som do local, um balanço na voz do Bedeu, mais adiante um Trio Mocotó, Bebeto, Dhema, Medina e Paulão da Tinga, Clube do Balanço e uma mistura legal de coisas do passado e outras contemporâneas. O som estava bacana e a cerveja a preço justo. Os anfitriões Francisco Juba e a Cristiane(e toda a equipe do Macondos),  garantem a qualidade dos serviços do bar. O Turi na discotecagem, perfeito clima. Faltava ouvirmos a música ao vivo. Bastou o primeiro acorde do Deco, a batida da bateria do Maia, o "metal" do Pastel e o "gogó" do Alexandre Belo para viajarmos no tempo. Coisa boa. Evolução na Ypiranga, o velho e saudoso Carinhoso da Joaquim Nabuco, os bailes da Teresa, o Floresta Aurora. Um verdadeiro filme sonoro nas nossas cabeças. Pista cheia, balanço e swing para todos os lados, pessoas dançando, energizadas e felizes. Emoção contagiante no ar.
A noite já tinha sido marcante. Porém, o inquieto Turi tinha reservado um momento "black" bem especial. Aretha Franklin, George Benson, Lauryn Hill  e uma seleção de coisa legal. Na saída, já tratamos de reservar a mesa para o dia 15/09/2011, quinta-feira. Festa agradável com início cedo, proposta musical bacana, gente feliz e energia boa no ar. Estamos dentro.

Edinho Silva

Serviço:
Swinga Lado B - o balanço legal de todas as quintas
Macondos Bar - av. Aureliano de Figueiredo Pinto, 904 - Cidade Baixa
15/09/2011 - quinta-feira - das 21hs à 01h
Quanto? R$10,00 (único)