4 de set. de 2019

E se EU chorar?...por Deborah Rosa


         Posentão...
       Já escrevi sobre um encontro bem bacana que misturava Cultura, Arte, sensibilidade, percepção, boa música e doses de religiosidade. O nome do show era "Saravá" e o espaço reservado para a função era um cantinho aconchegante da Companhia de Arte, no Centro Histórico de Porto Alegre.
        No microfone principal, a cantora Deborah Rosa, era acompanhada pelos competentes músicos Daniel Rosa, Diego Ciocari e Ricardo Vivian, na bateria e percussão. Era uma tarde fria que era aquecida a canta música interpretada.
        O tempo passou voando e as pessoas presentes se deliciam com um repertório escolhido a dedo que misturava coisas do batuque e clássicos do samba. Putz!! Pura "devoção".
    Ao final da apresentação, peguei um guardanapo de papel e uma caneta e registrei meus sentimentos. naquela tarde. Entreguei à cantora e fizemos uma foto para a posteridade. Nascia uma relação de respeito, parceria, afeto e idolatria. ELA costuma dizer que é mútua idolatria. Sei lá...
      O tempo passou e o Freud, estampado na minha camiseta, talvez possa explicar (se ELE não conseguir, peço ajuda para a Paty, a psicóloga e estudiosa lá de casa) a sintonia. De lá para cá foram Saraus do Armazém, shows em outros espaços, encontros e desencontros, muita coisa rolou em nome da MPB ou seria Música Preta Brasileira??
        Percorrendo diferentes espaços seja em festivais de música nativa e regional, teatros e espaços de shows, a cantora Deborah Rosa nascida num berço de artistas, com "avô materno compositor, pai seresteiro, mãe artista plástica e irmão guitarrista,  tem como berço artístico a cidade Santa Maria.
         Bacharel em Comunicação Social, Relações Públicas pela Universidade Federal
de Santa Maria, desenvolveu atividades no cenário Cultural em Santa Maria, durante
muitos anos circulando por diferentes partes do Brasil apresentando seu trabalho musical em reconhecidos Festivais nacionais.
         Nos Pampas circulou por espetáculos como a Tafona da Canção Nativa, onde foi premiada com o Troféu Origens do Programa Galpão Crioulo/RBS TV. Em meio ao vendaval de arte e boa música, circulou pela MPB e pela música de raízes africanas, a cultura litorânea do Rio Grande do Sul, representada pela cantora pernambucana/gaúcha Loma.
         Foram tantas andanças que finalmente, o maior, mais belo e emblemático palco do Estado irá receber dia 25 de setembro de 2019, uma quarta-feira de muitas estrelas no céu, segundo as previsões a cantora Deborah Rosa e seu time "de grife", seus músicos e sua produção.
         E se por acaso a cantora chorar durante a apresentação, poderá atrapalhar a performance? Claro que não. Afinal, na manhã seguinte após a primeira apresentação na vida, acordou de um sonho bom, com lágrimas nos olhos por imaginar-se no Palco do São Pedro.
        E se chorar durante os ensaios? Tá liberado. Afinal, muitas vezes já chorou de dores no corpo depois de longas viagens pelo Interior do Estado e agendas apertadas. Agora a lágrima será de emoção. Simples.
        E se chorar durante a maquiagem antes de ir para o Teatro? Pode chorar. A atenta produção dá um jeito de organizar e produzir um trabalho de make, melhor ainda.
        E se chorar a partir da primeira música interpretada?? Tudo certo, afinal foi dada a largada em nome da interpretação fiel e a "entrega da alma" em nome da arte e da música do Brasil.
         E se chorar na metade do show, não corre riscos? Nenhum a banda atenta, segura o ritmo e mantém a melodia, enquanto a produção disponibiliza um lenço do tecido mais nobre para enxugar a lágrima.
        E se chorar ao visualizar pessoas queridas ou desconhecidas nas primeiras filas do Teatro?? Grande coisa. A tarefa está sendo bem executada. Nada que o Universo não tenha previsto em termos de emoção e "recado direto" do coração.
         E se ao final do espetáculo as lágrimas tomarem conta do rosto da cantora, poderão atrapalhar os registros de filmagem ou fotografia? Nem um pouco. A tarefa foi cumprida. E um novo ciclo apenas começou:
         Os dois pés, o coração, a cabeça, o corpo e a alma presentes no mais clássico e renomado espaço de cultura e arte do Rio Grande do Sul reverenciando as "Divas do rádio". 
           Eu e meu Coletivo, iremos...

Serviço:
Theatro São Pedro
25/09/2019 - quarta-feira
21 horas
Ingressos na bilheteria no Theatro e nos locais credenciados