18 de dez. de 2015

Sociedade de Vida - por João Paulo Silveira, o filósofo



  
                Hoje é uma data muito especial: estamos reunidos para testemunhar a promessa que fazem entre si e para si, Nelson Richter e Polyana Venturela da Silva para celebrarem a sua Sociedade de Vida.
               Eles querem partilhar com todos aqueles que são importantes em suas vidas, que sempre lhe serão a companhia certa seja pra comemorar ou pra enxugar as lágrimas, pra ouvir a palavra acolhedora ou apenas um “Conta comigo! Vai em frente! Estamos juntos!”
O momento nos honra a todos e nos dá a oportunidade de juntar nossos melhore votos de que sejam felizes. 
               Nelson e Polyana:
                Estas alianças que em breve vocês vão trocar, é mais que um símbolo do propósito que os une, pois elas são a demonstração que fazem um ao outro e para o mundo que agora se tornaram sócios de vida. E é isso o que é o casamento: uma sociedade de vida, pela partilha dos sonhos, de projetos, de esperanças, de solidariedade, de comprometimento, da vontade sincera de serem a força e o amparo um do outro para o que der e vier. E falando nisto, está vindo aí o Ricardo!
Convido a que pensem, e sei que já pensaram nisto: o que leva duas pessoas a buscarem uma sociedade de vida?
A amizade ?
A afinidade de ideias e ideais?
O desejo mutuamente correspondido?
A vontade de somar alegrias, sonhos, planos, esperanças?
O sentimento de desamparo e solidão, tão humanos?
Ou seria, o desejo de juntos se tornarem mais fortes?
Pois tudo isso é o que chamam de AMOR.
Lembrem-se, queridos :
                Nessa jornada que inicia agora, vocês continuarão a ser quem vocês sempre foram e devem permanecer assim, pois o casamento, não significa jamais a anulação de quem somos mas apenas a oportunidade mágica de partilhar, de forma radical, a vida. É bom que não esqueçam que cada um tem o seu tempo e o seu jeito de partilhar esta vida e nem sempre estará pronto com a mesma intensidade e entrega, pois sendo seres singulares vemos as coisas cada um com sua história de vida, com sua personalidade, com suas expectativas. A partilha é um processo. Precisa tempo e adaptação. Sabe aquele silêncio necessário e inadiável? Aquele gosto só seu de comer pão dormido com geleia de feijão às 3 da madrugada? Pois é… nem sempre os seus gostos serão partilhados, mas a mesa, esta sim, poderá e deverá ser.
Vocês não são metades, e esse é o maior dos enganos. Vocês são dois, inteiros e singulares. E é exatamente por serem completos que estão se propondo a partilhar a sua completude com alguém especial, alguém que vai entender, cuidar e respeitar a sua inteireza. Vocês descobriram que ser feliz é muito bom, mas ser feliz com quem já é feliz, é melhor ainda. Por isso querem partilhar a vida, para somar as suas felicidades.
                Sejam cúmplices, parceiros, a confiança e o porto seguro um do outro, pois nada nem mesmo ninguém será capaz de ajudá-los mais do que vocês um ao outro. E como é doce poder contar com esta parceria e cumplicidade.
                Desfrutem-na!
               E se alguma dor se fizer sentir nesta caminha que se inicia, porque a dor existencial é uma condição humana inescapável, lembrem-se ambos que de agora em diante ela poderá ser acolhida, compreendida e dividida.
Não esqueçam que perdoar não é esquecer mas conviver amorosamente com aquilo que julgamos ser a falha no outro. Lembrem-se que qualquer de nossas convicções é sempre de um ponto de vista e isso não corresponde, nem deve corresponder a certezas, pois a única certeza que deveríamos ter é o preceito socrático de que nada sabemos. A dúvida nos move, as certezas paralisam. Só isto já seria de grande ajuda para resolver a maioria de nossos conflitos. E, amados, perdoar não é bondade, apenas, racionalidade.
                 Comemorem a cada dia, fazendo de cada minuto um brinde, das horas uma festa e dos dias a estação das flores, para não esquecer que a alegria não nasce da zanga, a felicidade não nasce da preguiça e a vitória não acontece sem luta. Pois se viver com sabedoria não é uma tarefa fácil, a dois é sempre um desafio, mas é tão doce... tão reconfortante, tão mágico quanto o melhor dos abraços.
Sendo assim, repitam comigo a sua Promessa:
Eu te prometo, a cada dia,
Fazer o meu melhor pra te fazer feliz,
O meu melhor pra te proteger e amar,
O meu melhor pra te respeitar e compreender
Honrando a nossa promessa de Sociedade de Vida.
                                         João Paulo Silveira/JP - filósofo, professor, poeta