Preta Guedes
Natural de Porto Alegre, Preta
Guedes ou Viviane Guedes, seu nome
de batismo, desde muito cedo transitou no meio da música popular brasileira,
mais propriamente no samba.
Não
seria exagero afirmar que no caso da
cantora sambista “a fruta não caiu longe do pé”. Seu avô, o querido e talentoso
trompetista Valmor Guedes, além de grande amigo do inesquecível Lupicínio
Rodrigues, foi uma inspiração completa à Preta Guedes.
Juntamente com os demais familiares cresceu
ouvindo discos de vinil de sambas clássicos e populares, onde destacavam-se compositores e cantores
consagrados. De Mário Lago, Dalva de Oliveira, Cartola, Lupicinio Rodrigues,
Helivelton Martins, Jacob do Bandolim, Nelson Cavaquinho entre outros. O rádio
também colaborou com a iniciação da cantora na música, pois naquela época
haviam mais execuções do gênero samba.
Desde
criança esteve por perto de música. Era comum nas festas familiares ou em
atividades na escola, a menina inquieta liderar cantorias. Porém, foi na fase
adulta, em 2011, exatamente no dia 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos
Navegantes para alguns e Iemanjá para outros, que a sambista soltou a voz
publicamente pela primeira vez.
O
local era uma festa familiar na casa de amigos no bairro de Monte Alegre, no
município de Viamão. Era aniversário da amiga Dilce, onde rolava uma roda de
samba animada pelo Grupo Caras & Coroas, cujo o líder do grupo era marido
da amiga. A sambista Preta Guedes foi convidada a “dar uma canja” e a partir deste momento seria dado o pontapé
inicial na busca de tornar real o sonho da sambista.
Na
ocasião a cantora “lascou” um sucesso da cantora Alcione, a “famosa Marron”,
intitulado “Meu ébano” colocando todos os convidados a sambar. De lá pra cá,
percorreu diferentes locais sempre soltando sua potente voz e sua energia nos
“palcos da vida”.
Numa
outra oportunidade, foi convidada a conhecer a roda de samba que rolava no
Clube Geraldo Santana, em Porto Alegre. Neste local conheceu o percussionista
Solano que apresentou a sambista a outros músicos da cena portoalegrense até ser apresentada à “generosa e talentosa”
sambista Yara Lemos. Literalmente, apontada como a madrinha da Preta.
Nos
grupos por onde passou apresentando seu trabalho: Caras & Coroas,*Batucada
boa”, *Santa Fé Samba Show, Trio conexão
era conhecida como “Preta”. Neste período decidiu agregar a seu nome artístico
o apelido de “Guedes”. Nascia a sambista inquieta e boa de palco, “PRETA GUEDES”.
Com cuidados para a familia, o lado profissional e todas
as coisas que poderiam vir pela frente, Preta
Guedes não recuava no seu objetivo de alcançar diferentes locais fazendo o
que mais gosta: Cantando samba!
Percorrendo espaços como Pubs, festas particulares e
diferentes eventos sociais necessitou ampliar seu material de pesquisa musical
e trabalho. Assim por um tempo, necessitou aproximar-se de outros gêneros
musicais como pop, forró, MPB e muitos outros. Foi algum sacrifício? Nem um
pouco a ousadia e a disposição em evoluir favoreceu o percurso.
Com a força do
romantismo da Alcione, da brasilidade e a graça da Beth Carvalho, da
espiritualidade e energia da Clara Nunes, do jeito moleca da Ivete Sangalo a
sambista Preta Guedes prepara o
lançamento da sua tour 2019/2020 – “Samba
com tempero de boteco”, as gravações do seu primeiro EP e do seu DVD, que
leva o mesmo nome.
Diferente de outros tempos a sambista optou em não percorrer
o RS com uma banda fixa e, sim, em estruturar seu trabalho com a retaguarda de
músicos experientes e renomados no Estado e na cena sambista.
Edinho Silva - armazemdoseuBrasil.blogspot.com
Outubro/2019