8 de jul. de 2022

Lar "adocicado", lar - Considerações sobre o "nosso cafofo de cada dia"

                                                                                         Acervo pessoal
                                            

        Posentão...

        Tem gente que diz que foi Deus, outros e outras dizem que foi Oxalá, Buda, Jeová, Kardec, outros negam todas estas crenças e dizem que foi fruto do suor do rosto. Sei lá...Sinceramente, jogo a responsabilidade ao Universo e a todas as coisas que habitualmente compartilhamos pela vida afora.

        Por esta razão louvamos e agradecemos todos os dias, aos céus ou em alguma outra direção a graça de estarmos próximos a um lugar como este. Nosso "garden". Enquanto, o alagoano Djavan procura um bom lugar para ler um livro num dia frio, nós por aqui, nesta Porto Alegre de temperaturas que oscilam a todo momento, já temos alguns livros, algumas bebidas, uma companhia de "grife" (dona patroa), plantas variadas, mobiliário modesto, uma rede colorida (como muitos de nossos sonhos). Cenário perfeito para dias de contemplação à Lua.

        Onde fica o tal lugar? É o  nosso "cafofo". Nosso querido espaço de estar e convivência, onde lemos, brindamos, sorrimos, choramos, celebramos a Vida, contemplamos a Lua e tudo que cruzar nossas cabeças. E os dias frios? Temos. E os livros e discos? Temos também. Não se aflija, senhor Djavan Caetano Viana, pois quando vieres à Porto Alegre te apresentaremos o  espaço. 

Afinal, pra que serve um banho de descarrego? Vá conferir nos melhores botecos da Cidade

 

                                                                                    Acervo pessoal


            Desde a Antiguidade e em praticamente todas as religiões, o banho é um ritual muito associado à purificação. Do batismo católico no Rio Jordão aos mergulhos e sepultamentos hinduístas no Ganges, acredita-se que a água tenha o poder de limpar, purificar e renovar.

Tanto no Candomblé quanto na Umbanda o banho de descarrego é realizado para limpar as energias e influências negativas, bem como para desobstruir os chakras e aumentar a capacidade mediúnica. E você também pode aproveitar essa sabedoria ancestral para descarregar e abrir novos caminhos.

De forma geral, ele é utilizado como um ritual introdutório para os banhos de ervas. Aliás, o banho de descarrego é tão poderoso que jamais deve ser tomado sozinho. Isso porque ele é capaz de limpar a aura de todas as energias, tanto as negativas quanto as positivas. Sendo assim, elas fazem parte do ritual de descarrego, já que conseguem eliminar até mesmo as energias mais densas.

Neste sentido e propondo que os amigos e amigas do Armazém do seu Brasil possam levar para seus lares ou “cafofos” alguns fragmentos do nosso querido boteco, idealizamos a cachacinha temática intitulada “Descarrego”. Um banho de descarga líquido e a ser ingerido, literalmente.

Duvida? Então confere no Dona Lisi & seu Mário (na Zona Sul), no Buteco do Aldo (na Cidade Baixa) e no Centro Histórico, no Espaço “Trago boas novas).

Confira a mistura de uma boa cachaça colonial, arruda, guiné, alecrim, arruda, açúcar mascavo, mel, canela, pimenta e sal grosso.

Bora bebericar....\0/\0\/\0\/\0\/\0\/\0\/


6 de jul. de 2022

Novo nome no meio campo do Armazém - Dj Malásia "na barca"

 

                                                                      Acervo pessoal - Malásia


            Posentão...

            Enquanto alguns clube de futebol negociam passes de jogadores famosos o Armazém do seu Brasil aposta em outro tipo de grife. Como NOSSO TIME aposta numa potente troca de saberes e conhecimentos no melhor estilo resenha e bate papo positivo estamos constantemente buscando agregar parcerias de peso.

            Em visita ao Espaço Cultural "Trago boas novas", na Praça Conde de Porto Alegre, no Centro Histórico de Porto Alegre, onde fui reencontrar a Greice, minha parceira do Atelie 1, e prestigiar este poderoso espaço de convívio, Cultura e artes do Brasil e do Mundo fui ao apresentado ao Malásia Dj - ou o Luciano Lima, como constam seus registros civis.

            Numa rápida conversa consegui identificar inúmeras gostos em comum. Radiodifusão, discos de vinil, Literatura, Poesia, Brasilidade, Negritude e muitas coisas do Brasil. Então: Por que não convidá-lo para "caminharmos junto" no Armazém do seu Brasil, de todos os domingos?

            Ajustado as bases do contrato aproveitando a "janela das Oropa", o carinha compartilha nas próximas edições e programas sua biografia, vivências, poesias, saberes pelo Mundo e tudo que cruzar na sua cabeça.

            Cola junto que vem coisa boa por aí....todos os domingos, das 13h e um pouquinho às 15h e outro pouquinho, na www.radioestacaoweb.com, Armazém do seu Brasil em versão programa de rádio.

            Bora....

5 de jul. de 2022

Sobre amor, amizade e música, por Indaiá Dillenburg

 


                                   https://www.mensagenscomamor.com/mensagens-para-amigos-de-infancia


            Para mim, essas três palavras se misturam, pois minha base musical veio com meu primeiro grande amor que também era meu melhor amigo: meu pai, o velho Barthô, com nome de santo: Bartholomeu.

E que bom gosto musical tinha o meu velho, além de ouvido absoluto. Nada passava despercebido. Proibido semitonar. Contei numa crônica, sobre minha felicidade ao descobrir que a memória musical é a última a abandonar o acometido pelo mal de Alzheimer. Isso me fez sorrir, porque meu pai, que teve Alzheimer, era música por todos os poros. Ele me apresentou  grandes artistas que me acompanham: tem o Nelson Gonçalves, o Noel Rosa, o Cartola, o João Nogueira, Agepê, Benito di Paula, Lupicínio Rodrigues. Sim, porque valorizava muito os compositores. Eta homem que respeitava o compositor. Chegou um dia lá no nosso

apartamento do Beco do Carvalho, na zona leste de Porto Alegre, com um disco de vinil debaixo do braço, dizendo:   Venham conhecer o Alcides Gonçalves, o parceiro do Lupicínio Rodrigues que ninguém conhece.

Falando em Beco do Carvalho e seguindo na vibe do amor e da amizade, preciso falar no meu saudoso amigo Cleber, um amor para sempre. Com ele e a turma do Beco aprendi a outra metade que sei sobre música boa. O Cleber chamava toda turma para curtir as novidades. Foi com ele que descobri (e me apaixonei perdidamente) Belchior. Descobri também toda galera do Clube da Esquina: o Milton, os irmãos Marilton, Lô e Márcio Borges, o Flávio Venturini, Beto Guedes, isso para citar alguns. Depois vieram Caetano, Gil, e Djavan. Aliás, vendo há alguns meses um programa de talentos da terceira idade, me deparei com uma cantora que conheci através do Cleber.

A maravilhosa Clarice Grova. Ele era assim, garimpava personagens incríveis. E na lista tem outras mulheres: Alcione, Sandra de Sá, Clara Nunes, Beth Carvalho, Rita Lee, Simone, Nana Caymmi e as duas que nunca me abandonaram: Maria Betânia, que me trouxe  Gonzaguinha e Chico Buarque e Elis Regina, que me trouxe Aldir Blanc, João Bosco e chancelou meu amor por Belchior, sem falar no Milton e seus parceiros de melodia.

Mas estranhamente, não foi o pai, nem o Cleber que me apresentaram a dama do samba, dona Ivone Lara. Quem fez isso foi a caçulinha da família Soares, minha estrela Guaíra. Em breve dedicarei uma crônica, aqui nesse espaço, exclusiva para dona Ivone. E vieram tantos

outros artistas que acabaram conquistando por osmose, as minhas filhas. Em outra ocasião falarei sobre eles e sobre a relação dos meus bebês com a música.

            É bem assim. Essa relação de amor com a música me acompanha pela vida afora, faz parte da trilha sonora da minha vida boa. E eu ouso dizer que entendo o sentido da vida. A vida com amor, amizade e música deixa tudo melhor, isso traz felicidade. Ao findar nossa missão por aqui, o que ficará é a lembrança do que vivemos.

Sobre isso, vendo um vídeo do genial Rubem Alves em uma entrevista a outra fera, Antônio Abujamra curti muito o que ele dizia: “A vida é uma causa perdida, no sentido de que a gente vai morrer. Mas até lá, ela é um desafio, uma aventura...”. É isso. É exatamente isso. Bora viver. Ainda estamos aqui. Viva o amor, a amizade e a música.

Como minha vida boa é cercada de música, me veio à mente um aniversário de muitos anos atrás em que outra turma me presenteou cantando “Canção da América”, do Milton Nascimento. Estou falando da minha turma de São Marcos. Turma linda que se formou na faculdade. Não, não são todos jornalistas. Têm também economistas, relações públicas, historiadores, advogados, engenheiros. E essa turma cantou essa linda obra prima para mim

(“...amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peitooooo...) na comemoração dos meus 24 anos. Todos com uma vela acesa num bar na Fernando Machado. Lindo demais! Meus amigos sabem o meu gosto musical.

 

 

                           Um beijo da Indaiá Dillenburg e até a semana que vem.