10 de nov. de 2015

Afinal, "Santo de Casa faz milagre" ou não?? Com a palavra o produtor Luis Fernando Silva




As andanças próximas à música popular brasileira (ou Música Pra Pular Brasileira, como chamava um Projeto de Verão do pagodeiro universitário Guilherme Alf, do Na  moral...lembram??) me apresentaram o Luis Fernando Silva. Produtor artístico e "agitador cultural" que à época trabalhava na Produtora Nova Hera, do saudoso Paulo César. Numa festa conhecida como o Revellion da Rádio Cidade FM, quando os melhores grupos daquele momento reuniram-se na quadra dos Imperadores para celebrar com o público o melhor do samba da época nossa apresentação foi ampliando-se.
Como nos dias atuais, a cena artística do RS não era muito diferente. Muitas bandas, inúmeros artistas, gente que brilhava, outros pensavam que brilhavam. Alguns ofuscavam, outros reclamavam. Os do "Centro do País", como ainda acontece nos dias de hoje eram os "queridinhos" e lotavam as casas locais. E quando tocavam os NOSSOS para NOSSA Gente?? O crítico público da terrinha torcia o nariz. Era preciso passar uma temporada em São Paulo, por exemplo, para retornar com uma chamada de "atração nacional"?? Parece engraçado, mas é a pura verdade. Era necessário "carimbar" o passaporte em alguma apresentação para depois voltar aos palcos gaúchos.
Pois, o inquieto Luis Fernando,  perseverante como poucos,  insistia em realizar um Projeto Musical que oportunizasse os grupos novos na cena e contemplasse os que de alguma forma haviam marcado a história da música do RS. Em meio aos seus pen drives, discos e pensamentos teve uma idéia luminosa: "Por que não lançar o volume 4 da Coletânea Sul, Samba & Swing?" Compartilhou seu sonho com várias pessoas e, entre elas, comigo. O Edinho Silva, do Armazém do seu Brasil. Completamente atarefado (como sempre) não pude contribuir com a intensidade que desejava, porém, queria colaborar de alguma forma. E assim, fui rabiscando o texto intitulado "Santo de casa faz milagre sim!!" para ilustrar a contracapa do cd.  Como referi em postagem anterior http://armazemdoseubrasil.blogspot.com.br/2015/10/o-criador-ta-olhando-hein.html o tão aguardado dia chegaria. E chegou. Com um simpático sol, delegações vindas do Interior do Estado para prestigiar o lançamento do disco, curtir seu grupo afetivo e sambar muito ia aproximando-se próximo à quadra da Saldanha. Infelizmente, por normas do anfitrião ou problemas na comunicação, foram identificadas algumas situações de desconforto, pois algumas pessoas não puderam acessar os espaços da Banda da Saldanha, mesmo tendo viajado muitos quilômetros para chegar até Porto Alegre. Isto "ofuscou" o brilho da festa?? Que nada!! Na companhia do Diego Cimirro, o responsável pelo backstage do evento pude conhecer um pouco da história do Saulo Marques, do colorado "seu Saraiva" que com sua família e amigos não via a hora de ingressar na Saldanha e "largar" a costela bovina da Fronteira nas brasas. Conheci também uma parte do grupo Nosso Stylo. E como sempre, o "eletrizante e competente" Paulinho Boy - o produtor mor de palco, nos acompanhava no acolhimento aos convidados do Interior. A hora foi passando e logo em seguida, com a chegada do Sérgio, representando a Banda da Saldanha, juntamente com a atenciosa galera da segurança e os demais integrantes da "fábrica de entretenimento popular" que transformou-se a Banda da Saldanha originalmente, criada pelo Pedro Diogo e de forma talentosa conduzida pelo Dioguinho. Reencontrei pessoas que não via há muito tempo. Por exemplo, o atencioso comunicador Paulo Vidal, uma das vozes marcantes da inesquecível Rádio Metro, que faria a apresentação das atrações do dia. O Bi Fernando, que atuaria na coordenação do palco com toda sua larga experiência na área da produção. Conheci gente também. O Serginho, primo do Luis Fernando, que apoiou o grupo que coordenava o acesso dos convidados da "festança".
Por conta de outros compromissos pessoais não consegui acompanhar o desenrolar da festa e conferir de perto a performance dos Medinas & Cia, com o seleto desfile de clássicos imortalizados na voz do pai. O reencontro no palco, do Odir e do Vidal (putz, que saudades!! De algum lugar o Roxo e o Delmar Barbosa estava rindo à toa!!!). Não consegui assistir a apresentação do meu bruxo Juliano Barcelos sendo acompanhado pelo cavaco do Alemão Charles (registro que onde vejo Alemão e o Reloginho do pandeiro do Sambeabá, lembro com saudades do Dadinho do Samba Quente). Não pude abraçar e cumprimentar o Matheus Santos pela força com que defende os sambistas locais em termos de divulgação. Não pude aplaudir o amigo do seu Saraiva, Saulo Marques. E direto do Alegrete o estiloso Nosso Stylo. Os Sambavox e os Arteiros. E meus conterrâneos, Dhamballá?? Terei que ir até os Zíngaros para conferir de perto. Não esqueci dos parceiros do Lua Cheia, de Pelotas. Quem me encontrou pela manhã conseguiu perceber minha homenagem ao swing da "princesa" Pelotas. Vestia uma camiseta do Xavante, bem no estilo do Seu João do Armazém. Faltou alguém?? Muita gente, porém registro meu pesar em não ter acompanhado o Dequinho na companhia do metal do Pastel.
Repetindo a pergunta: Faltou citar alguém?? Sim. O Diretor Executivo Junior Santanna da Silva, o Juninho da Reversos. Filho mais velho do Luis Fernando. Como podem perceber, possivelmente a função foi um sucesso porque foi selada por familiares e amigos. Conheci também o Edison Da Rosa Moncorvo (da Invoga).
Quais serão os próximos passos?? Acredito que outras festas de lançamento. Um passarinho me contou que a agenda é a seguinte: dia 28 de novembro em Bagé, dia 12 de dezembro em Livramento, dia 19 de dezembro em Porto Alegre, janeiro e fevereiro na praia. É isso, Luis Fernando??
Por favor...me respondam honestamente: "Santo de casa faz ou não milagres??"
Parabéns a todos envolvidos e até breve.

Edinho Silva

Em tempo: Quer conhecer o texto citado "Santo de casa faz milagre"?? Adquire o disco e te delicia com o repertório escalado.

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