3 de out. de 2017

Comida boa é a que faz chorar...




                   Esta quem  nos contou foi a Dona Morena...jura que é verdade!!

               O episódio relatado ocorreu na comemoração das Bodas de Ouro dos tios Arnaldo e Cotinha, em Passo Fundo. ELA dona de casa e professora aposentada, ELE pecuarista de "grife" completavam 50 anos de casados e decidiram comemorar em grande estilo a data marcante.
Fartura na comida e na bebida, requinte nos serviços e na decoração, a melhor música do RS tocando nas caixas acústicas do ambiente, toda a alta sociedade e toda a "parentada" reunida. Tinha parente de todo tipo: dos mais bacanas até os mais chatos. Crianças, velhos, separados, casados, parentes de todas as gerações. Festa forte e para 500 talheres.
                 Vieram parentes de todos os cantos do Mundo. Gente da Região Metropolitana de Porto Alegre até locais mais distantes como Tóquio - a capital do Japão. Sim, dois sobrinhos netos do seu Arnaldo estudavam na cidade do Sol nascente.
                  Porto Alegre estava representava por alguns convidados. Dona Rebeca, irmã de Cotinha, convidou sua filha Carina, seu genro Miltinho e seu neto Leonardo para acompanhá-la. Após a missa celebrada em homenagem aos noivos, os convidados rumaram para o luxuoso Salão de Festas do Clube Caixeral - reconhecido como o mais chique e melhor da Cidade de Passo Fundo. Os garçons, em grande quantidade, espalhados pelos espaços circulavam com suas bandejas trazendo bebidas e os pratos servidos à mesa (Serviço à francesa). 
               A comida preparada contemplava os mais diferentes paladares. Dos peixes nobres às carnes exóticas, Cozinha Internacional para todo o lado. Do sushi à culinária espanhola.
               Acomodados numa mesa estrategicamente posicionada os convidados, digo, parentes da Capital, dona Rebeca, Carina, Miltinho, Leonardo, tio Rodolfo, tio Honório, tia Marcela e a "exibida" tia Quitéria. A turma da Capital estava adorando a festança,  degustavam tudo que era servido à mesa. Num determinado momento, o garçon ofereceu comida japonesa e suas guarnições. Muito yakissoba, sashimi e sushi. Vieram também algumas especiarias, entre elas o tal "wasabi" - a raiz dos deuses, segundo alguns. Tia Quitéria, a mais "chique" e mais "informada" da turma passou a mão num dos talheres e levou à boca uma porção generosa de wasabi (raiz forte). As pessoas que conheciam tal alimento, entreolharam-se e espantados perguntaram à "parente conhecedora" de comida internacional: "Quitinha, não percebeste que esta pasta é forte demais? Perguntou tio Honório, seu marido. Resposta veio na hora: "Não estou acostumada com comidas temperadas e coisas fortes".
              O pequeno Leonardo, perguntou ao Miltinho, seu pai: "Papai por que a titia está com lágrimas nos olhos??". "Acho que é emoção, meu filho." - respondeu Miltinho. A mãe do adolescente espirituosa sugeriu ao adolescente: "Pergunte a titia, qual a razão das lágrimas, Leonardo?"
               O Miltinho jura de pés juntos que ninguém riu na mesa. TODOS perceberam as "emoções" da titia Quitéria, mas ninguém achou graça. Tio Rodolfo, conhecido pelo jeito debochado de encarar a vida, não vacilou e lascou: "É emotiva esta minha prima, hein? Nunca vi ninguém igual..."
                E assim para a alegria dos anfitriões a festa prosseguiu sem a presença do tio Honório e da tia Quitéria, que decidiu ir embora mais cedo em função de compromissos no outro dia.



Nota de esclarecimento:  O wasabi também é conhecido pelo sabor forte e picante, por isso, deve ser usado em pequena quantidade, somente para realçar o sabor natural dos alimentos. Além dos sushis e sashimis, a raiz também pode ser utilizada das seguintes formas: ralada em saladas, sopas e carnes prontas; para acentuar o sabor de um condimento à base de mostarda e nos molhos em geral. 

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