Posentão
O moço da imagem chama-se Ramon Alejandro Ruiz, artista plástico, professor da escola pública, fotógrafo, cineasta, "severino" quando o assunto é alguma idéia de infraestrutura que proteja, divulgue e enalteça as artes, o sempre líder da Associação de artistas chamada Ateliê 1.
Diria até que, uma figura que identifico como "meu mentor" no Mundo das Artes, das reflexões necessárias, construções de cidadania, estudos e pesquisas sobre as negritudes da América Latina, um provocador de letras maiúsculas.
Alguns dias antes de mais um encontro para reorganizarmos nossa retomada como pólo promotor de artes diversas em Porto Alegre e Região Metropolitana fomos sucumbidos pela catástrofe climática que tomou conta das águas dos rios no RS. Milhares de pessoas atingidas, centenas de mortes, pessoas desaparecidas, comoção mundial em razão da Capital ter sido invadida pelas águas do Rio Guaíba.
Pouco tempo, antes de procurá-lo para construirmos estratégias e discussões de como agiríamos como ferramenta de reaproximar e aproximar as artes de todos que precisam recomeçar suas vidas, recebo uma notícia que me entristece muito. A perda irreparável de 13 grandes telas (aproximadamente 600h de trabalho) que compunham a exposição "Todos os tons". As mesmas encontravam-se expostas num local de eventos do Quarto Distrito, um dos muitos bairros atingidos de Porto Alegre. O local ficou submerso.
E por que não estavam expostas numa Galeria de Arte com toda a segurança devida? Porque como falei no início, do texto, o Ramon e os demais parceiros e parceiras do Ateliê 1 entendem que AS ARTES NECESSITAM e MERECEM estar ao alcance de todos. Parece simples. Concordo plenamente.
E agora, o que fazer?? Procurar manter a retaguarda do artista para que possa sobrepor a tristeza que o impacta nestes momentos.
Força, "compa"...Conta comigo e com o Núcleo do Armazém do seu Brasil na retomada, quando for possível.
Forte abraço,
Edison Luis
Nenhum comentário:
Postar um comentário