17 de mar. de 2011

A última palavra é do “galo da casa”





Carlito Trovão nos conta que, o Zecão “sofreu um pênalti” outro dia. Acostumado a chegar em casa aos berros, causando alvoroço e botando banca de patrão. Nunca cumpria as combinações de horários com a família, não participava da vida dos filhos, dos programas familiares, só queria rua. Sua atenção era toda voltada para os amigos e as amizades no trailer de lanches do tio Zé. Era um legítimo “mala sem alça”.
            Shirlei, sua mulher o avisou muitas vezes sobre seu comportamento fora de casa. Queria mais      atenção para si e aos filhos. Tanto avisou que perdeu sua paciência. Juntou os filhos, TODA a mobília do casal e foi embora de casa, morar com a mãe.
            Furioso, Zecão, chegou em casa xingando a todos que se aproximavam. Sua casa ficava no terreno do seus irmãos. Aos gritos dizia ”Não, a minha tela de 42 polegadas e meu home teather  ELA não poderia ter levado. Vou buscar agora mesmo”. Inconsolável, mas furioso avisou seu irmão mais velho e seu pai, subiu na bicicleta e partiu na direção da casa da ex, ou atual sogra. Seus parentes ficaram aflitos e ansiosos, aguardando o retorno do irmão Zeca.
    Algum tempo depois surge o moço com o rosto suado e ofegante  com uma panela de ferro velha dependurada na bicicleta. Antes de cair na gargalhada, Gequinho, seu irmão, perguntou curioso ao machão – “Ué, e o galo veio não iria buscar a televisão de 42 polegadas e tal?”. O irmão mais velho e temido por todos, prontamente respondeu  ”Eu não quis pegar, preferi pegar minha panela de ferro no lugar da TV.” E completou: “assim ELA até pode ver a novela da Globo, mas na minha panelinha só eu preparo  o carreteiro.” O pai e o irmão caíram na gargalhada, sem perguntar mais nada, pois o moço poderia “arrepiar as penas e se zangar”.
     Naquele terreiro “quem grita é o galo”, a última palavra é do homem  e estamos conversados.


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