13 de abr. de 2011

Programa de índio na avenida


Carlito Trovão nos conta que num Carnaval dos anos 80, uma das tribos carnavalescas existentes em Porto Alegre, cometeu uma "senhora gafe" em plena avenida. É sabido que uma das exigencias do regulamento prevê uma performance(ou um rito) defronte aos jurados para a devida avaliação.
Durante 60 dias sob o comando do coreógrafo Lelei Mathias, 3 bravos e disciplinados querreiros ensaiaram uma ação junto ao pajé e ao chefe da tribo, os passos, os movimentos e os sons para impressionar os jurados e as autoridades. Ensaiavam muito, quase chegando à exaustão.
A performance consistia na proteção às oferendas e à fogueira feita pela autoridade espiritual da tribo defronte aos jurados. O pajé abaixava-se com os artigos que compunham a oferenda aos deuses e no mesmo instante, os 3 índios aproximavam-se correndo, com suas lanças e seus gritos de guerra, para cercar e proteger o evento. Tudo combinado, não haveria de ter erros.
No momento selecionado, cacique e pajé de cócoras, partem na direção deles 4 guerreiros e não 3, como previa os ensaios. O coreógrafo Lelei, levou à cabeça, as duas mãos.."Nossa!!! O que ESTES MALUCOS estão fazendo?". "Quem é o quarto índio qu grita mais que todos e parte na direção da oferenda??" - bradava o responsável técnico pela coreografia. Pois, não é que o quarto e mais desajustado índio, gritando mais alto que todos, cruzou os demais e a fogueira montada na avenida e foi direto ao cantinho da arquibancada?? Para surpresa geral, o moço arredou a tanga e as penas, sacou seu órgão genital e "MIJOU" geral, bem juntinho da arquibancada. A 50 metros de vossa excelência, prefeito Collares e sua primeira  dama.
Por sorte, a RBS não transmitia naquele tempo Carnaval. O Carlito não lembra muito bem como terminou a história e nem a colocação da tribo na pontuação geral. O que ELE desconfia que o moço não dormiu na "tenda".   

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