22 de out. de 2014

Troca de afagos - Criador X criaturas




            Hoje pela manhã vi no noticiário local uma noticia que me encheu de orgulho, emoção e energia. que imagem era esta?? Os jogadores, treinador, comissão técnica e dirigentes foram recepcionar seus torcedores que viajaram por alguns dias para dar força à equipe na partida contra o Brasiliense, na Capital Federal.
             Indescritível deve ter sido a emoção de ser recepcionado pelo goleiro Eduardo Martini, responsável pela defesa do penalti que reconduziu a equipe Xavante à uma outra Divisão. E o prazer de receber um caloroso abraço do treinador Rogério Zimermann. Emoções que nenhum "cartão de crédito" paga.
             Meu carinho ao Antonio Carlos Bandeira e à Diná Lessa Bandeira e a toda torcida xavante. Orgulho alheio. E digo mais: "Se o Lupi (que este ano completaria 100 anos fez um hino tão bacana para nosso Grêmio) fosse xavante, assim como EU não teria dúvida que os pelotenses iriam a pé onde seu time fosse jogar."
Coisa linda!!!

Edinho Silva - amigo dos xavantes, afú!!!

Abaixo texto de autoria da jornalista Alice Bastos Neves...em 04 de fevereiro de 2009

Minha pressa em voltar do trabalho naquele fim de tarde tinha motivo. Precisava sentar ao lado do meu pai e assistir a um jogo de futebol. Precisava.
Eu, ele, e os milhões de torcedores pelo mundo, tínhamos verdadeira necessidade de enxergar o Bento Freitas lotado novamente.
É uma redundância dizer "Esses xavantes são mesmo fanáticos". Afirmar que somos xavantes já é suficiente. O resto fica subentendido.
Ainda criança, aprendi que torcedor do Brasil de Pelotas é por inteiro. Corpo, alma, coração. E nem o fato de ter me tornado repórter esportiva, me fez esquecer disso tudo.
Não, nós não somos melhores do que ninguém. Colorado é colorado por inteiro. Gremista é gremista por inteiro. Mas aos vinte e quatro anos não lembro de ter visto meu time comemorar um título importante. Mesmo assim sigo torcendo. E acho que é isso que nos torna não melhores, mas diferentes das outras torcidas.  Nós temos a capacidade de tirar de cada derrota a força para continuar torcendo. Sim, porque para nós basta torcer. Nada mais.
E ontem, na torcida mais uma vez, vimos em campo um rubro-negro apenas negro. A imagem dos jogadores vestindo preto só não era mais forte do que o luto no coração de cada um deles. Principalmente dos sete que estavam no ônibus e jogavam pela primeira vez depois do acidente.
Abalo psicológico, falta de preparo físico e até mesmo de treinamento (por causa dos alagamentos que atingiram Pelotas, na última semana, o time treinou em ginásios e quadras cobertas). Mesmo assim, três bolas balançaram a rede do Santa Cruz. Outras três balançaram a do Brasil. 3 x 3. O empate foi só um detalhe. Só mais um sufoco.
Da arquibancada, ou do sofá da sala, nós vimos aquele primeiro gol. E até agora estamos tentando entender como a bola entrou! Como se uma força dos céus fizesse com que ela desviasse. (Giovani?) O segundo veio de pênalti, mas nosso cobrador oficial, Milar, não estava lá pra bater. Ou será que estava? Porque mesmo com o goleiro caindo pro lado certo, ela entrou novamente. E finalmente o terceiro, que veio pelos pés de ninguém menos que o "mano" do alemãozinho criado no Brasil. Que emoção deve ter sentido Alex Martins, que orgulho deve ter sentido Régis.
Ainda antes de sair da redação, no fim do dia, disse a um colega, também xavante: "Hoje é nossa decisão. Se ganharmos, continuamos na briga. Se perdermos, nossa chance de cair pra segundona aumenta". Empatamos.
Como explicar? Não sei. Paixão não tem explicação. A certeza de ser xavante me basta.















https://www.youtube.com/watch?v=f4BTQpKany0

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