29 de nov. de 2019

"Samba? Tem que respeitar...Por Preta Guedes



Preta Guedes

Natural de Porto Alegre, Preta Guedes ou Viviane Guedes, seu nome de batismo, desde muito cedo transitou no meio da música popular brasileira, mais propriamente no samba.
Não seria exagero afirmar que  no caso da cantora sambista “a fruta não caiu longe do pé”. Seu avô, o querido e talentoso trompetista Valmor Guedes, além de grande amigo do inesquecível Lupicínio Rodrigues, foi uma inspiração completa à Preta Guedes.
Juntamente com os demais familiares cresceu ouvindo discos de vinil de sambas clássicos e populares, onde  destacavam-se compositores e cantores consagrados. De Mário Lago, Dalva de Oliveira, Cartola, Lupicinio Rodrigues, Helivelton Martins, Jacob do Bandolim, Nelson Cavaquinho entre outros. O rádio também colaborou com a iniciação da cantora na música, pois naquela época haviam mais execuções do gênero samba.
            Desde criança esteve por perto de música. Era comum nas festas familiares ou em atividades na escola, a menina inquieta liderar cantorias. Porém, foi na fase adulta, em 2011, exatamente no dia 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes para alguns e Iemanjá para outros, que a sambista soltou a voz publicamente pela primeira vez.
            O local era uma festa familiar na casa de amigos no bairro de Monte Alegre, no município de Viamão. Era aniversário da amiga Dilce, onde rolava uma roda de samba animada pelo Grupo Caras & Coroas, cujo o líder do grupo era marido da amiga. A sambista Preta Guedes foi convidada a “dar uma canja” e a  partir deste momento seria dado o pontapé inicial na busca de tornar real o sonho da sambista.
            Na ocasião a cantora “lascou” um sucesso da cantora Alcione, a “famosa Marron”, intitulado “Meu ébano” colocando todos os convidados a sambar. De lá pra cá, percorreu diferentes locais sempre soltando sua potente voz e sua energia nos “palcos da vida”.
            Numa outra oportunidade, foi convidada a conhecer a roda de samba que rolava no Clube Geraldo Santana, em Porto Alegre. Neste local conheceu o percussionista Solano que apresentou a sambista a outros músicos da cena portoalegrense  até ser apresentada à “generosa e talentosa” sambista Yara Lemos. Literalmente, apontada como a madrinha da Preta.
            Nos grupos por onde passou apresentando seu trabalho: Caras & Coroas,*Batucada boa”, *Santa Fé Samba  Show, Trio conexão era conhecida como “Preta”. Neste período decidiu agregar a seu nome artístico o apelido de “Guedes”. Nascia a sambista inquieta e boa de palco, “PRETA GUEDES”.
Com cuidados para a familia, o lado profissional e todas as coisas que poderiam vir pela frente, Preta Guedes não recuava no seu objetivo de alcançar diferentes locais fazendo o que mais gosta: Cantando samba!
Percorrendo espaços como Pubs, festas particulares e diferentes eventos sociais necessitou ampliar seu material de pesquisa musical e trabalho. Assim por um tempo, necessitou aproximar-se de outros gêneros musicais como pop, forró, MPB e muitos outros. Foi algum sacrifício? Nem um pouco a ousadia e a disposição em evoluir favoreceu o percurso.
Com a força do romantismo da Alcione, da brasilidade e a graça da Beth Carvalho, da espiritualidade e energia da Clara Nunes, do jeito moleca da Ivete Sangalo a sambista Preta Guedes prepara o lançamento da sua tour 2019/2020 – “Samba com tempero de boteco”, as gravações do seu primeiro EP e do seu DVD, que leva o mesmo nome.
Diferente de outros tempos a sambista optou em não percorrer o RS com uma banda fixa e, sim, em estruturar seu trabalho com a retaguarda de músicos experientes e renomados no Estado e na cena sambista.
 
                                   Edinho Silva - armazemdoseuBrasil.blogspot.com
                                                                                         Outubro/2019

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