19 de mar. de 2013

Energia e boa música num só lugar


 


           Por intermédio de um grande amigo Rodrigo Gandolfi, uma das lideranças da energética produtora e escola de música e novos talentos - Musicollege, de Canoas, conheci há alguns anos o músico, compositor e arranjador, Adriano Trindade.
             Pois, em meia dúzia de encontros e animadas conversas com este moço - o sir Trindade, como dizem alguns próximos seus, pude perceber o talento,  determinação na busca dos seus sonhos, comprometimento, disciplina, ousadia, sensibilidade, faro e generosidade,. Tentarei explicar.               Talento? Pensa que é fácil, sair de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre, com algumas roupas na bolsa, um passaporte, centenas de projetos na cabeça, muitas músicas de grandes nomes do cenário musical brasileiro (da Bossa Nova ao samba), sonhos de infancia e um violão debaixo do braço rumo à Europa?? Não é mesmo. Percorrer caminhos nunca antes visitados, bater de porta em porta, cantar de graça, esperar horas para tocar minutos, procurar entender o idioma estrangeiro e se comunicar pelo instrumento ou pela música do Vinicius de Moraes, do Chico Buarque ou do Milton Nascimento. Não é fácil. Tem que ser talentoso.
Determinação na busca dos sonhos?? Coração apertado, longe de casa, da familia dos amigos, do Porto Seguro, em terras distantes para levar seu canto, seus acordes e sua vontade de conhecer gente e um pouco mais da música brasileira espalhada pelo mundo também não é nada fácil.
Comprometimento?? Agenda marcada é compromisso. Horário de show é sagrado. Tempo de retorno e contato com a base, sua familia, também é cumprido.
Disciplina?? Nem pensar interpretar algum artista brasileiro, sem buscar ser fiel à melodia original e a toda a construção artistica de cada canção. Nunca. Se for para cantar Djavan, João Bosco ou Caetano, os acordes deverão ser os originais. Cada um tem uma voz. Uma interpretação própria, mas a fidelidade nos arranjos e letras é fundamental para as reverências.
Ousadia?? Não conheço lugar desta cidade, deste país ou daqui há pouco deste mundo que não tenha passado pela cabeça do moço. Os palcos de diferentes cantos do mundo são desbravados por este Brazuca. Não tem ruim, mesmo!! Se hoje toca numa pracinha a céu aberto de uma cidade do Interior do Paraná, num pub na serra gaúcha, amanhã poderá estar na Bélgica ou em Sorocaba. E SEMPRE com o mesmo carisma e simpatia.
Sensibilidade?? Na escolha do repertório e no acolhimento às pessoas isso fica evidenciado.
Faro?? Aproxima-se dos parceiros do BEM e de pessoas que, assim como ELE acreditam na busca de seus sonhos e de que podem através da música levar um pouco de alegria e emoção aos corações de quem possa se aproximar.
Generosidade?? Dificil conceituar a generosidade nas pessoas, mas refiro-me ao compartilhamento de espaços, oportunidades. Inicialmente, nas apresentações locais em que presenciei. Nas muitas apresentações em Porto Alegre, pude conferir vários músicos diferentes de excelência. Do mais renomado ao mais anônimo. Do cara da moda ao que foi um dia um ícone na cena local. E assim é o cara. Se subiu no palco com o Jorge Vercilo, o fez com a mesma emoção com que recebeu o Tonho Croco na Inglaterra ou tocou um pagodinho num animado domingo no trailer de lanches de Canoas com seus amigos de infância.
               Na noite de ontem, o Adriano Trindade reuniu um timaço em enérgico Sarau de músicos. Na platéia além dos amigos, familiares, haviam nomes consagrados da MPG (Gelson Oliveira entre outros). E no palco?? Bah!! Delicia de som. Como anfitrião o Adriano, convidou para assessorá-lo na condução do evento o Gabriel Moura, sobrinho do inesquecível e encantador Paulo Moura, músico e letrista, parceiro do Seu Jorge. Presentes ainda, o compositor e sambista Fábio Santiago, um pouco gaúcho e um pouco mineiro. O regueiro legal, Rafael Machado. Zé Caetano e uma outra cantora que não recordo o nome. O Juliano Moreira, com seu Blues e o groove invocado de seu inquieto violão e a outra presença feminina Letícia, um dia Oliveira. Seleção para começar de manhã e findar à noite. Apresentando composições autorais de diferentes estilos o grupo de músicos energizou a FNAC explodindo com a apresentação da música do Gabriel Moura - Salve Jorge, conhecida nacionalmente na voz do Seu Jorge.
         Extase puro no "shoppis" como diria o tio Nicolau, do Rubem Berta.
         Eu fui e adorei.
 
Edinho Silva    


Um comentário:

  1. Obrigada queridão! Viva a música!

    abração da Letycia - com y depois do t hehehe que foi Martins, que foi Oliveira e agora é apenas Letycia Fé na missão Edinho Silva!!!!!

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