7 de ago. de 2015

Boas lembranças, seu Baixinho!!! Saudade é fogo!!!





                   O seu Edison Rodrigues, o "Baixinho", como era conhecido pelos parentes e alguns amigos era um sujeito bastante bacana. Generoso, capaz de tirar seu casaco num rigoroso inverno gaúcho para ofertar a quem precisasse. Tinha que ser amigo ou da família?? Não precisava, pois poderia ser um vizinho ou até mesmo um desconhecido.
                   Sujeito criativo, marceneiro dos bons, que transformava um pedaço de madeira usada em móvel de loja de grife. Ou um pedaço de madeira nova em verdadeiras peças de arte de algumas casas de conheci. Era "careiro"?? Que, nada. Testemunhei muitos calotes que o moço tomou na vida.
                  Tolerante e acolhedor nas relações em casa, pois sua palavra não era a última?? E isto trouxe prejuízos na educação dos filhos?? Acho que nenhum. Ou se trouxe, uma "terapiazinha básica" dá um jeito. O real legado foram os valores de justiça, honestidade, afeto, solidariedade, alto astral, bom humor e muita coisa legal. Isto não compramos na livraria, no "shoppis" ou na internet. Cervejeiro, gremistão e churrasqueiro dos bons. Alguma semelhança comigo?? Todas. Parceiro de uma boa leitura de jornal e um bom samba na vitrola. Herança divina. Amigos dos amigos e sempre disponível para uma ajuda física ou profissional. E financeira?? Também. Quando tinha, TODOS TINHAM.
                 Embora tivéssemos algumas diferenças (gostos gastronômicos, filmes e programas de Comédia na tv, cores das roupas, entre outras coisas), preciso contar ao mundo que tenho saudades do teu convívio, da torradinha de frigideira que fazias todos os dias (só agora percebo a importância do alimento na minha força física e intelectual), lamentando não teres conhecido meus filhos, os outros netos, daqui há pouco teu bisneto (filho da Poly) e minha nova família (a Paty, a Karol, a Jade, a Paola, o Enio e a Esmeralda), meu bigode, o Armazém do seu Brasil - o blog e o programa de rádio, a Arena tricolor, o novo momento da economia e política brasileira, etc. Enfim, se pudesse voltar no tempo não me queixaria da fumaça que saia do pão frito direto no cabelo, assistiria mais Bolaños Chaves contigo, ouviria mais samba, assaria um bom churrasco pra ti e sem culpa relaxaria meus quase 100kg no "teu doce colo".
                 Posso até não apertar um parafuso com teu talento, mas um desajeitado e caloroso abraço nas pessoas...EU APRENDI A DAR.
                 Muito obrigado, meu pai...Um dia te reencontro para te contar mais coisas da minha vida que, infelizmente não conheceste.
 
Carminha e Baixinho - dia de mãe e de pai, sem vocês é duro!!! Putz...
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário