27 de out. de 2010

Lingüiças temperadas

 

           Tio João reuniu dona Tianinha,  alguns parceiros e partiu para o pagode do Areal da Baronesa. Lá curtiriam um samba de qualidade, beberiam cerveja gelada e reencontrariam alguns amigos. Sambaram até à madrugada. Famintos e cheios de “geladas na cuca” partiram na direção de uma churrascaria famosa localizada na av. Praia de Belas que, servia suculentos churrascos a qualquer horário do dia.
                 Neste estabelecimento comercial, havia uma parede de alvenaria que separava o salão principal, os banheiros e um espaço reservado (atualmente, a churrascaria ampliou seu espaço e atende num endereço na esquina, também).
                 Depois de providenciados os pedidos, o grupo de amigos, enquanto batucavam nas mesas, tomavam mais algumas cervejas. Neste momento, o Adãozinho do pandeiro – cheio de drinques – levantou da mesa, discretamente e se encaminhou ao banheiro, localizado atrás da tal parede divisória. Cantarolando um Almir Guineto..”Olha, vamo na dança do Caxambu...lá, lá”, lá se foi o moço dirigindo-se ao banheiro. Empolgado com o samba, nem percebeu a movimentação das pessoas e abriu a bragueta pelo caminho mesmo. Sem pudor algum, com o “instrumento” na mão foi dirigindo-se ao banheiro. Não percebeu nem o som, tampouco as vozes das pessoas que comemoravam Bodas de Ouro de um simpático casal de velhinhos. Familias inteiras estavam reunidas no espaço reservado da churrascaria. A parede de tijolos cobriu "por instantes" a tal confraternização.  
                Maior confusão. Era marido que se posicionava diante de esposa, namorados cobriam os olhos das namoradas, as crianças eram retiradas às pressas do lugar, enfim maior tumulto. Naquele dia, ou melhor, naquela madrugada ninguém comeu churrasco nenhum. TODOS foram expulsos do lugar para acompanhar o Adãozinho.
               E o pandeiro do moço? Foi jogado no meio da av. Praia de Belas, bem pertinho da estação do Corpo de Bombeiros.    

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