3 de nov. de 2010

Uma tarde no Pagode do Andaraí


Pô, galera...tomei um “balão” do Zeca do surdo no último sábado. Havíamos combinado de visitar o Samuka, o Zé Oliveira e os amigos do Andaraí lá no reduto, próximo a Santo Antonio. Beliscar uma carne gorda, reencontrar pessoas e ouvir um samba cheio de balanço. E o danado não apareceu!! Acabei indo sozinho mesmo. Azar o dele, né??
Vesti minha camiseta do Brasil de Pelotas, presente do tio João do Brasil, “algum” para o táxi, pois pretendia beber alguma coisinha mais gelada. E pimba!! Me joguei no samba!!
Chegando lá, encontrei uma verdadeira festa. A churrasqueira ardendo em brasas com espetos de carnes diversas, abacaxis, especiarias e farofas requintadas à mesa, cavaco pra cá, violões pra lá, banjo “berrando”, pandeiro tremendo, tantan marcando o ritmo e surdo apanhando. Tudo em nome da descontração e energia que os encontros por lá reservam.
É difícil resistirmos a uma boa roda de samba, carne assada, cerveja e amigos, porém, é impossível não contagiar-se com princípios básicos de convivência  entre as pessoas. Meu entusiasmo em falar, narrar e torcer por uma vida longa ao chamado Pagode do Andaraí justifica-se pela simplicidade, alegria e calor (e não é da churrasqueira que falo) com que as pessoas são recebidas por lá. Tem samba de resgate?? Tem. Podemos ouvir Cartolas, Ratinhos, Silas de Andrade, Nelson Rufino, entre outros. O pessoal da terra tem vez? Óbvio que sim. Por lá se ouve, Wilson Ney, nego Isolino, Caco Rabelo, Bedeu e muito mais. Tá bom, só falta dizer que toca pagodinho também? E por que não? Arlindo Cruz, Picolé e até Rodriguinho.
Então, se numa roda de samba não é necessário agendar uma participação, ou mandar durante a semana as partituras do samba que for cantar, estar vestindo roupa de linho ou camiseta temática, ou cantar em grupo famoso e pudermos perceber o entusiasmo da dona Taninha batucando no seu tantan, o Nelsinho fazendo a sua cuíca gemer, o Eduardo “Cabeça” dedilhar o violão, o Paulinho Bom Ambiente dando seu recado, o Cleber entre uma costela e uma lingüiça lascar um Reinaldo, o Samuka e o Zé, no afinado e equilibrado dueto de cordas e cantos, mais todos aqueles que vi tocarem e cantarem na tarde de sábado como podemos definir isso? Uma "SENHORA" CONCENTRAÇÃO POPULAR.
           Por fim tenho uma proposta a fazer: " Quem sabe plantemos uma tamarineira na calçada para que o Tom Guedes possa reunir seus amigos, num amanhã de fraternidade e boa música brasileira?".     

           Samuka e Zé Oliveira, meu abraço e carinho

                                                                                                Edinho Silva


Para ilustrar o texto acima, deliciem-se
http://www.youtube.com/watch?v=8MOyST9ByRY

Um comentário:

  1. Pô Seu Brasil, vamos contratar alguém do Photoshop. Essa minha papada tá indecente!!

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