22 de dez. de 2014

De Berlim direto para o Samba do Cachorro, digo para a Cultura Popular do Brasil




         No último sábado, 20/12/2014 estava completamente confuso com a agenda. Corria para o "shoppis" para comprar os últimos presentes, ouvia mais dois discos para o especial de Natal do Armazém do seu Brasil, acompanhava a 'patroa" no Salão de Beleza, ou invadia as rodas de samba que haviam na Cidade?? Duas eram imperdíveis: Natal no Pagode do Andaraí, sob o comando do Samuka Guedes e seus parceiros no bairro Santo Antonio ou no "Samba do Cachorro", capitaneado pelo Zé Oliveira, Paulinho do Banjo, Ciríaco e muita gente legal.
Perdi o controle do relógio e consegui ir em um só endereço. Pela facilidade de deslocamento optei pelo Samba do Cachorro. No meio do caminho encontrei uma grande amiga de minha filha mais jovem, a Andréia Barone e seu namorado Fernando Beunza, um espanhol simpático que estuda no Rio de Janeiro.
          Bingo. Fomos os três conferir de perto a energia do samba mais democrático da atualidade em Porto Alegre. Chegando por lá no quintal da Casa do Cachorro era instrumento para todos os lados. Banjo, cavacos, violões, bandolim, saxofone, flautas, pandeiros, surdos, tamborins, trumpete, tantans, agogo e muito samba na palma da mão. Reencontrei o seu Batista e sua cuíca inquieta, o Zé Oliveira, seu banjo e os sambas do Toninho Geraes na ponta da língua. O JC Pio e seu inseparável instrumento de metal. O Paulinho do Banjo e uma galera da pesada. Conheci pessoalmente o simpatico anfitrião: o seu Ciriaco que corria para alcançar uma cerveja a um cliente com mais sede, sentava na roda de samba e batucava um pouco. Corria para abraçar um outro que acabara de chegar. Eta, "homezinho" que se movimenta. E quem cantava?? Todo mundo. Do sambista anônimo até vencedor de concurso nacional. Há alguns dias até o presidente da Portela, Sergio Procópio deu uma canja. E quem sambava?? Quem quisesse, era só afastar a cadeira e meter a ginga.
           E assim foi nossa tarde de apresentação do samba que invade as calçadas e as ruas nas tardes de sábados, na esquina da José do Patrocinio e da Perimetral. As impressões aos meus amigos foram as melhores, em 2015 ao retornar à Europa levarão boas lembranças daqui. Certamente, os russos da imagem prolongariam ainda mais seu beijo se fosse ao som do João Nogueira, Luis Carlos da Vila, Izolino ou dona Ivone Lara. To mentindo??

Abraços a todos...

          Edinho Silva

Em tempo: Querido Samuka: to na dívida contigo e com teus colaboradores Fábio Fernandes, Eduardo Cabeça, dona Jana Seibel, dona Naiara, dona Valéria e toda a galera





2 comentários:

  1. Grande Edinho
    Suas palavras espelham exatamente o que é a CASA DO CACHORRO. Um ambiente para ver, rever e fazer amigos. Em nome do pessoal fica aqui o agradecimento pela presença e o tempo dedicado ao texto. Tenho certeza de que o Dog Chefe Ciríaco Tavares ficará orgulhoso.
    Valeu !!!!

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  2. Meu querido Edinho!
    Foi realmente um prazer te encontrar por acaso e te acompanhar no Samba do Cachorro! É muito bom ter como amigo um grande conhecedor, apoiador e disseminador da nossa musica, da nossa cultura e dos nossos artistas. Eu escuto o tu programa e sou fã. Não apenas pelo teu trabalho, mas por ter o privilégio de te conhecer pessoalmente! Carisma, simpatia, amizade e alegria são apenas algumas das palavras que te descrevem! Que 2015 nos proporcione um ano de muito samba e felizes encontros como esse! Um abraço, do coração. Andréia

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