22 de ago. de 2018

Cheio de balanço ao som da guitarra de Alexandre Rodrigues


                    acervo pessoal do artista

Posentão...

Quem no Brasil, que simpatiza com samba e suingue, nunca cantarolou ou dançou ao som de "Nega ângela", na voz de Neguinho da Beija Flor? Não conhecem? Claro que já ouviram. Seria mais ou menos assim: "...Eu prefiro acreditar que é mentira...É brilho demais para um só olhar...Hoje eu vi um nego anjo, nega Angela..." 
Ao lado do carioca Serginho Meriti, o gaúcho, Alexandre Rodrigues, compôs o hit nacional que percorreu o tempo e o Brasil de Norte a Sul. Natural de Porto Alegre, com mais de quatro décadas, atuando como produtor musical, arranjador e compositor Alexandre permanece até os dias de hoje com sua energia e vibração na cena musical da Capital gaúcha. 
Inquieto o músico gaúcho Alexandre Rodrigues espalhou suas composições, pelo Brasil afora na voz de outros intérpretes brasileiros. O paulista Bebeto "balançou" o País com composições suas como "Minha preta" e "Nega Olivia"; os cariocas Fernanda Abreu e Waguinho com regravações do suingue "Kid Brilhantina"; Wilson Simonal, Originais do Samba, Neguinho da Beija flor, Branca di Neve, e tantos outros nomes da MPB. 
Nos anos 60, na companhia de músicos parceiros gaúchos deu o pontapé inicial na criação de um Grupo musical chamado "Pau Brasil", principal responsável por um ritmo bem brasileiro que marcou uma época na cena cultural do País. 
O músico Alexandre Rodrigues acompanhado por seus parceiros musicais Bedeu, Luis Vagner e seus outros parceiros "incendiavam" os bailes com o ritmo vibrante e dançante que reunia melodias fortes, cheias de balanços e gingados associados ao rock in roll misturados ao balanço brasileiro de samba, com ritmos, balanços e movimentos artísticos que deram forma ao que chamamos de música popular próximas às populações afro e afro-diaspóricas - samba(s), rock(s), blues, baiões, tango(s), salsa(s) e suas derivações. Assim era identificado o samba rock. 
Na semana passada, o suingueiro Alexandre foi responsável por reunir artistas e músicos dos diferentes gêneros musicais do Rio Grande do Sul para uma ação solidária em prol de uma entidade assistencial local com uma apresentação musical coletiva de marcar época num dos mais teatros públicos de Porto Alegre. O teatro Renascença. 
A história do surgimento do samba rock no Rio Grande do Sul é muito interessante e, oportunamente, retorno para apresentar um pouco mais sobre o tema. 
Em breve, volto com mais informações sobre as coisas do Sul. 
Abraço, Edinho Silva, direto dos Pampas

Publicado no blog cultural "Causos e canções", do jornalista e produtor musical Marcos Salles em julho/2018

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